O escândalo das pesquisas

No calor da campanha eleitoral, com o foco em denúncias pré-eleitorais contra Dilma e o governo Lula que todos sabiam que sobreviriam, está passando batido o fato de que foi por terra aquela conversa fiada sobre os números de Datafolha e Ibope divergirem dos de Sensus e Vox Populi por “diferenças de metodologia”.

O inferno dos denunciados

A primeira coisa em que deve pensar aquele que é denunciado com estardalhaço pela imprensa é na família, nos amigos, nos vizinhos, nos colegas de trabalho. O alvo da denúncia já imagina os olhares se desviando, as pessoas se afastando, dando desculpas para cancelar um compromisso consigo, não atendendo aos seus telefonemas.

“O povo? Ora, o povo…”

Sobre a decisão eleitoral que os Brasileiros deverão tomar em três semanas, o jornal O Estado de São Paulo publicou editorial que diz o seguinte:

“Está errado o povo? A resposta a essa pergunta será dada em algum momento, no futuro. De pronto, a explicação que ocorre é a de que, talvez, o povo de Lula seja constituído de consumidores, não de cidadãos”.

Eles não rasgam dinheiro

É possível que impérios econômicos como uma Globo, com todas as suas consultorias e tudo o mais que o dinheiro pode comprar, estejam mergulhados em uma forma de loucura que os estaria levando a aumentarem dessa forma aparentemente suicida a dose de uma tática que vem se revelando mortal para eles e para os políticos a que servem?

Teoria da pedra no lago é a última esperança de Serra

Volta à tona a velha teoria da pedra no lago, a partir da qual denúncias da grande mídia contra políticos petistas atingiriam o “centro” da opinião pública – os ditos formadores de opinião – e, a partir dali, propagar-se-iam, em ondas, para as “margens”, ou seja, para os setores “desinformados” da população, exatamente como as ondas se propagam quando se atira uma pedra num lago.