Hoje, somos todos homoafetivos

Crônica

Enquanto escrevo, ainda não terminou a votação do STF sobre o reconhecimento da união estável entre pessoas do mesmo sexo. Uma amiga, pensadora, a socióloga Vera Pereira, do Rio, porém, em mensagens emocionadas pelo Twitter definiu o processo:

Gente, desde ontem estou ouvindo argumentos, raciocínios belíssimos, sobre os direitos do homem. Que coisa linda!

Minha amiga resumiu, também, o espírito da Suprema Corte de Justiça da Nação. Não haverá clima para reviravolta. Os juízes votam inebriados por um espírito libertário. É um momento historico, o que vejo e ouço diante de mim na tevê enquanto escrevo.

Destaco um dos muitos momentos de beleza daquele julgamento. O juiz Marco Aurélio de Mello definiu assim os homoafetivos: “Os que apenas buscam o amor, a felicidade, a realização“. Um pensamento: depois das sandices de Jair Bolsonaro, a Justiça deu uma resposta.

Parabéns à Justiça Brasileira. Até que enfim expressou o que vai na alma deste povo: a generosidade, o amor, a alegria, o repúdio ao preconceito. Somos um país laico e que põe o amor acima de tudo.

Eu, minha mulher, meus filhos, minha neta, enfim, toda a Nação Brasileira, somos TODOS “homoafetivos”. Hoje, meus caros, homens, mulheres, crianças, idosos, todos, neste país, foram seqüestrados pelo amor. Hoje, o mundo ficou um pouco melhor.