Câmbio do PT não vai me quebrar

Crônica

No próximo domingo, embarco para um giro de algumas semanas por países andinos. Com toda a dedicação que dei no ano passado e neste ano a este blog e aos eventos dos quais participei para contribuir com a democratização da comunicação no Brasil, deixei meus negócios em segundo plano e já começo a sentir os efeitos disso.

Poderia ser desonesto e dizer que o que está dificultando a minha vida é a política econômica vigente no país desde 2003, quando o PT chegou ao poder. Todavia, não seria totalmente verdade.

Apesar de que a política econômica de Lula e, agora, a de Dilma têm sido muito ruins para os meus negócios, também me dediquei demais a uma atividade que não me rende nada, este blog e as demais ações políticas que venho empreendendo, como as ações do Movimento dos Sem Mídia ou os Encontros de Blogueiros dos quais participei em diversas partes do país.

Chegou a hora de pensar um pouco na minha própria vida e de minha família, que não é fácil. Minha filha Victoria está cada dia mais doentinha. A doença progride. Ela melhora, piora, melhora, piora… Os ciclos de tensão e relaxamento com a sua saúde já se tornaram uma rotina desde setembro de 2009, quando a doença se agravou. Tenho que ganhar dinheiro, pois.

Claro que não deixarei este blog de lado. Continuarei escrevendo nas noites em que passarei encastelado nos quartos de hotel, quando algum cliente não cismar de jantar comigo. Mas tudo farei para, ao menos à noite, manter esta atividade que não me paga contas, mas me faz sentir útil à coletividade e, assim, oferece outro tipo de “pagamento”.

Sobre a viagem em si, vale dizer que tem tudo para ser bem difícil. Vivo de fechar contratos de exportação para indústrias brasileiras e exportar, com esse câmbio dos governos do PT, é tarefa pra gente grande. Bem, eu sou grandinho. Apesar das dificuldades, modéstia à parte conheço bem o que faço. O câmbio petista não me quebrará. Até daqui a pouco, pessoal.