O retorno de Gabriela Guimarães

Crônica

 

Espero que me perdoem por interromper as análises, reportagens e o ativismo políticos para tratar de assunto que, em tese, só interessa a mim e aos meus, mas que, por originar-se no que me sustenta, também interessa àqueles que se dão ao trabalho de acompanhar meu trabalho nesta página, pois, sem a família, não teria onde buscar forças em momentos em que cresce a vontade de desistir de tudo, de me render ao dizer de tantos sobre o fato de que não passo de um homem comum, mas que deixa transparecer “quixotismo” ao pensar que pode contrariar e desafiar imensos impérios empresariais e seus braços político-institucionais.

Dessa maneira, este texto versa sobre um sopro de vitalidade que, em exatos 30 dias, contemplará este que escreve. Após três anos sem ver e ouvir pessoalmente, abraçar e beijar a segunda filha, Gabriela – quem, há quatro anos, reside em Sydney, na Austrália, onde estuda e trabalha –, ela retorna ao Brasil para passar as festas com a família. A partir de 18 de dezembro, portanto, poderei me considerar um homem completo de novo, pois sem um só de meus quatro filhos ou minha neta e, acima de tudo, a mulher que me fez ser quem sou, essa companheira que esposei a trinta anos, eu não passaria de um arremedo do que me tornei.

A aventura de Gabriela no outro lado do planeta começa em 11 de janeiro de 2009, um dia antes de embarcar para a Austrália, quando, pensando em aliviar o coração da família, essa garota admirável por sua beleza, inteligência e coragem exibiu vídeo que fizera para resumir os 22 anos durante os quais convivera diariamente com pais e irmãos. As fotos de família que selecionou remontam à infância dos meus três primeiros filhos (Carla, Gabriela e André Luiz), ao nascimento de Victoria, 10 anos após o nascimento do terceiro filho, e, finalmente, à chegada de Letícia, filha de Carla, a neta que, aos 11 anos, já tem quase 1, 70 m de altura.

Assista, abaixo, à saga da família Guimarães. Prossigo em seguida.

No dia da partida da Gabi, gravei este vídeo, do qual o título aludia à volta de quem estava nos deixando. O texto continua em seguida.

Em dezembro de 2009, menos de um ano após deixar o Brasil, Gabriela retornou ao país para passar as festas. Abaixo, vídeo do último almoço de Natal em que a família Guimarães esteve toda reunida. Continuo em seguida.

 

 

Gabriela chegou à Sydney em janeiro de 2009 com alguns milhares de dólares no bolso, a mala de roupas e um Sonho. Tudo o que levou de dinheiro poupou ao longo de três anos de trabalho árduo aqui no Brasil – e sem me pedir um único centavo. Já passa de uma centena de milhares de dólares o que investiu em educação na Austrália ao longo dos últimos quatro anos. Começou com o inglês, obtendo o diploma de proficiência no idioma outorgado pelo sistema de Cambridge. Em seguida, foi aceita em uma das mais conceituadas universidades australianas. E para investir tanto suou, lá na Austrália, como garçonete, babá e auxiliar de contabilidade.

Ainda assim, não deixou de extrair da vida o máximo que pudesse. Gabriela é uma usina de juventude e vitalidade. Essa garota de 26 anos detém um espírito aventureiro que já a levou a praticar esportes radicais como surf, paraquedismo e bungy-jump e a incursionar por países longínquos como Indonésia, Malásia ou Nova Zelândia. Abaixo, vídeo de uma das aventuras dessa filha amada, quem, em um mês, devolverá a este pai uma parte da energia que partiu com ela para o outro lado do mundo há quatro anos. Termino por aqui, desejando um bom domingo a todos. Volto nesta segunda com os temas que de fato interessam ao país.