Se o TSE negar direito de resposta a Dilma, é golpe!

Manifesto

 

É com o coração dilacerado que eu, Eduardo Guimarães, paulista, paulistano, 54 anos, casado, blogueiro e comerciante”, pai de quatro filhos, avô de três netas, sem nunca ter tido ligação alguma com partidos, declaro-me enojado com o meu país.

Dilma Rousseff, 66 anos, presidente da República Federativa do Brasil, eleita em 2010 com mais de 55 milhões de votos, uma mulher de vida limpa, quem jamais foi acusada de nada, agora foi acusada pela revista Veja de ser mandante de um esquema criminoso.

Detalhe: essa acusação foi feita a 48 horas do segundo turno da eleição presidencial de 2014.

Não há provas nem de que o doleiro Youssef tenha feito a acusação, conforme relata Veja. Mesmo se tiver feito – e se o áudio disso vazar –, é crime divulgar porque a investigação corre sob segredo de Justiça.

Por que o segredo de Justiça? Porque o meliante pode estar mentindo em tudo ou em parte do que disse.

A ideia de Veja é usar essa suposta acusação na reta final da eleição para ajudar seu candidato, quem, até a noite de quinta-feira, estava em considerável desvantagem nas pesquisas.

Ou seja: divulgar isso, assim, é um crime eleitoral.

Por que? Suponhamos que tudo que o doleiro possa ter dito seja verdade. Passada a eleição, instaura-se o processo, prova-se a culpa de Dilma e de Lula e ela perde o cargo.

Não haveria mal irreparável nenhum se ela se reelegesse sendo culpada. Sabem por que a pressa? Porque, depois, não vai dar para provar nada. A denúncia é só para influir na eleição.

Eu sei disso.

Veja sabe disso.

Você que está lendo, seja quem for seu candidato, sabe disso.

Quem tem decência de admitir, é outra coisa.

Então, se o Tribunal Superior Eleitoral permitir que essa farsa siga adiante, se nem ao menos der a Dilma direito de resposta no sábado, em rede nacional para compensá-la pelo prejuízo de acusação sem provas, será golpe. E golpe do TSE.