Sanha para condenar Lula comprova pesquisa Vox Populi

Análise

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Está em curso no Brasil uma revolução reacionária iniciada em junho de 2013, quando uma massa fascista que vivia enclausurada em suas varandas gourmet aproveitou a ingenuidade arrogante de certa esquerda para ludibriar a sociedade e barrar um processo de redução exponencial da desigualdade que vinha ocorrendo havia uma década no país.

Quando um pequeno aumento no preço das passagens de ônibus em São Paulo colocou centenas de milhares de pessoas na rua pelo país inteiro, ao contrário do que se poderia imaginar o Brasil não estava indo mal. Muito pelo contrário.

Até junho de 2013, o processo de redução da pobreza, da miséria e da desigualdade já durava uma década. A economia estava estabilizada. O Brasil atraía investimentos de todas as partes do mundo. A versão brasileira da crise internacional iniciada em 2008 fora debelada por uma e estratégia brilhante de Lula: fazer a roda da economia girar.

Em vez de fazer como os antecessores e reduzir gastos sociais, investimentos, extrapolar a taxa de juros e gerar recessão, Lula tornou o Brasil um polo de atração para negócios e investimentos.

É balela que a demanda da China por commodities sustentava a economia durante o “milagre petista”. O que fazia a economia crescer e o povo melhorar de vida era o investimento nacional e estrangeiro, sempre crescente até que os vinte centavos enlouquecessem o país.

O governo Lula era forte. Superara a primeira investida golpista da direita, o “mensalão”, com a qual a direita pretendia retomar o poder com o único objetivo de barrar a distribuição de renda e oportunidades no país. E, com essa força política, convocou o povo a consumir para gerar impostos e fazer a roda da economia girar.

 

O resultado foi espetacular. No primeiro trimestre de 2009 alguns empregos se perderam devido ao alarmismo da mídia, que instou os empresários a demitir já pensando em usar a economia para tirar o PT do poder, mas o povo mais humilde atendeu ao chamado de Lula e usou o maior poder aquisitivo que o governo lhe dera para não permitir que a recessão se instalasse no país.

Ao fim daquele ano, o país voltara a crescer e o desemprego iniciou uma longa trajetória de queda que perduraria até 2014, quando o país começou a sentir na economia os efeitos dos desatinos do ano anterior e a Lava Jato começou a sabotar a economia.

Um ano depois da quebra do banco de investimentos Lehman Brothers, indicadores econômicos, entre eles o crédito e o desemprego, já voltavam aos níveis pré-turbulência.

Os brasileiros foram ludibriados a partir de 2013. Muitos acreditaram naquela história do gigante que havia acordado sem que houvesse nada que justificasse. O Brasil ia bem. O desemprego era diminuto, os salários subiam todo mês, a inflação terminava todo ano dentro da meta, a desigualdade despencava mês a mês, a pobreza continuava caindo.

Lula criou empregos com carteira assinada como jamais ocorrera no Brasil. Todas as estatísticas econômicas comprovam isso. E não foram as commodities que conseguiram esse milagre, foi a radicalização da democracia, do acesso crescente de todos ao mercado de consumo de massas idealizado pelo PT, que teve, como subprodutos, redução drástica da desigualdade e da pobreza.

Os brasileiros esqueceram disso por um período, mas a perseguição a Lula enquanto os que derrubaram o governo do PT tratavam de surrupiar direitos do povo acordou as classes que se beneficiaram da era de justiça social que perdurou por mais de uma década no país.

Muitos se indignaram e desanimaram por conta de o povo não sair à rua para bradar “fora, Temer” ou se manifestar contra a retirada de seus direitos trabalhistas. Mais uma vez, os teóricos empertigados não perceberam o que este povo pretende.

Todos sabem que não haverá manifestação que supere as balas de borracha e as bombas de gás da PM. Claro que manifestações são necessárias para impedir que a revolução reacionária em curso se sinta à vontade para avançar com ainda mais gana sobre os direitos do povo trabalhador – ou seja, praticamente todos os brasileiros. Mas não vão impedir esse avanço.

Pesquisa Vox Populi divulgada no fim da semana que passou mostra que a condenação de Lula por Sergio Moro sem amparo de nenhuma prova inteligível como as que surgiram contra Michel Temer ou Aécio Neves deixou claro que há uma armação para impedir a volta do ex-presidente ao poder.

A condenação esdrúxula de Lula serviu para indicar ao povo o caminho a seguir. A pesquisa mostra que a população vê no ex-presidente a única chance de escapar do sofrimento que a revolução reacionária está impondo aos brasileiros e que será ainda maior caso um dos adversários dele chegue ao poder.

O povo humilde, massacrado e humilhado, ou seja, a grande maioria silenciosa dos brasileiros, está muito atenta e não vai mais fazer o jogo da direita.

O país espera a eleição de 2018 para se manifestar, em vez de sair às ruas sob balas de borracha e bombas de gás.

O contingente de brasileiros que quer votar em Lula é imenso. As pesquisas ligadas à mídia antipetista estão tentando reduzir um pouco a vantagem dele, mas seu favoritismo é tão grande e tão crescente que já não dá mais para esconder. E quanto mais o saco de maldades temerárias continuar massacrando o povo, mais Lula irá se fortalecer.

A veracidade da pesquisa Vox Populi está comprovada por esse esforço insano para condenar Lula em duas instâncias a tempo de impedir que ele se eleja no ano que vem. Enquanto dizem que ele “está acabado”, tentam impedir que dispute a Presidência através de um julgamento sumário que contrasta com a impunidade de bandidos como Michel Temer e Aécio Neves.

Como diz o célebre dito latino, Vox Populi, Vox Dei. Que venha 2018. Estaremos preparados.