Justiça manda polícia devolver bens apreendidos na casa do filho de Lula

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Menos de 24 horas após a invasão da casa de Marcos Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula, em vinhedo, por uma equipe liderada pelo delegado Carlos Renato de Melo Ribeiro, o policial foi afastado da investigação.

Fonte do Blog da Cidadania afirma que o delegado teria ligações com o PSDB de Vinhedo, daí o afastamento da  investigação.

Além disso, segundo o Jornal Extra, A Justiça determinou a devolução dos bens apreendidos pela polícia na casa de Marcos Claudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A operação de busca e apreensão no imóvel que fica em Paulínia, interior de São Paulo, foi autorizada após trabalho de campana de policiais que investigavam uma denúncia anônima de tráfico de drogas e armas. Apesar disso, nada relacionado a supostos crimes foi encontrado nesta terça-feira na residência.

A polícia apreendeu documentos e computadores sob o argumento de possível relação com o crime investigado. Nesta quarta-feira, no entanto, após um pedido feito pelo advogado de Marcos Claudio, todos os objetos apreendidos foram devolvidos por não apresentarem nenhuma evidência de prática criminosa.

Segundo a juíza responsável pelo mandado que autorizou a ação policial, Marta Brandão Pistelli, da 2ª Vara Judicial do Fórum de Paulínia, a medida cautelar foi solicitada no dia 5 de outubro pelo delegado que atua na cidade, Carlos Renato. O delegado apontou dois endereços que “estavam sendo utilizados para armazenamento de grande quantidade de drogas e armas”.

 A operação policial foi desencadeada após uma denúncia anônima, de acordo com o despacho da magistrada, que narra a percepção de policiais em campana sobre uma “grande movimentação de pessoas”. No entanto, ela ressalta que o pedido para que o mandado fosse expedido, ainda que apresentado com documentos e relatório assinado por três investigadores de polícia, “não identificava o morador das residências”.

O pedido foi submetido ao Ministério Público, que opinou a favor do mandado de busca e apreensão, assinado pela juíza no dia 9 de outubro, permitindo “tão somente a apreensão de entorpecentes, armas e outros objetos ligados ao crime”, o que não aconteceu.

Em nota, o advogado Cristiano Zanin Martins, que defende Lula em casos da Lava-Jato, classificou a ação contra Marcos Claudio como abusiva.

“A busca e apreensão, feita a partir de denúncia anônima e sem base não encontrou no local o porte de qualquer bem ou substância ilícita, o que é suficiente para revelar o caráter abusivo da medida”, afirmou.

O Partido dos Trabalhadores (PT), também por meio de nota, criticou a ação da polícia.

“A operação policial na casa de Marcos Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula, a partir de uma suposta e falsa denúncia anônima, foi uma violência que tem de ser explicada por todas as autoridades envolvidas”, escreveu a senadora Gleisi Hoffmann, presidente do partido.

O texto afirma que a medida foi tomada “sem qualquer fundamento real” e que a “perseguição a Lula e sua família não tem limites.”

Marcos Lula, filho biológico de Dona Marisa, foi criado como filho mais velho do ex-presidente. Com carreira na política, foi diretor de Turismo e Eventos na Prefeitura de São Bernardo do Campo (SP) durante a primeira gestão do petista Luiz Marinho (2009-2012). Ele deixou a secretaria em 2012 para se eleger vereador, posto que ocupou até o ano passado, quando não conseguiu ser reeleito. Marcos já havia tentado ocupar o cargo em 2008, mas teve a candidatura indeferida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).