Desmascarando “medo de Lula” que Veja diz ter

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A capa da Veja deste fim de semana é uma das coisas mais sem sentido que já apareceu no jornalismo brasileiro. Ao fazer uma capa dizendo que Lula e Bolsonaro assustam por serem candidatos dos “extremos”, a revista demonstra ignorância e/ou má-fé.

A reportagem, intitulada “Extremos que espantam”, chama Lula de “populista”, acusa-o de ser um extremista de esquerda e o compara com Jair Bolsonaro – esse, sim, extremista, só que de direita.

Lula é um humanista, fez um governo exaltado pelo mundo, reduziu a pobreza, a desigualdade, aprofundou direitos civis e promoveu uma melhora na economia brasileira jamais vista em época alguma desde o descobrimento.

Não existe um único ato de extremismo ou de radicalismo nos oito anos do governo Lula. Nem seus adversários mais ferozes ousaram forjar tal acusação.

Do outro lado, está Jair Bolsonaro, filiado a uma legenda de aluguel e que, segundo matéria recente da Folha de São Paulo, é um psicopata perigoso, pois prega espancamento dos filhos pelos país se houver suspeita de “tendências” homossexuais, sonegação de impostos, fechamento do Congresso, genocídio de 30 mil pessoas, etc.

A proposição da Veja torna-se mais absurda ainda à luz do fato de que um governo Bolsonaro seria um salto no escuro, enquanto que um novo governo Lula a única coisa que pode lembrar é sucesso, melhora da condição de vida, democracia levada às últimas consequências e transparência total através do fortalecimento dos órgãos de controle do Estado, segundo um dos “golden boys” da Lava jato.

Mas não é só. O governo Lula foi um êxito na economia jamais visto. E não é na questão da melhora das condições de vida da população, que fez com que ele deixasse o poder com 80% de aprovação, em 2010.

Segundo matéria da revista Exame, em 2010, último ano do governo Lula, o Brasil saltou da 15ª posição em 2003, quando Lula chegou ao poder, para a 5ª posição no ranking dos países que mais atraíam investimentos estrangeiros naquele ano. Em 2010, o Brasil recebeu US$ 48 bilhões em investimentos estrangeiros.

Só para ilustrar, o Brasil, ao fim do governo Lula, recebia mais investimentos que Alemanha, França e Inglaterra, entre outros. E só perdia para Estados Unidos, China, Hong Kong e Bélgica.

Mas não é só. Sob Lula, pela primeira vez na história, o Brasil obteve “grau de investimento” das grandes agências internacionais de classificação de risco, nota de crédito que só é concedida às economias mais bem gerenciadas do mundo.

Além disso, ao fim do governo Lula o Brasil havia se tornado o país que mais atraía montadoras de veículos leves e pesados no mundo inteiro devido ao potencial de sua economia e às avaliações internacionais sobre o êxito econômico, social e institucional do governo petista.

Afinal de contas, então: do que é, diabos, que a Veja tem medo?