Polícia monitora grupos anti Lula violentos na internet

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A tensão que acompanha a passagem da caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Rio Grande do Sul levou os dirigentes do Partido dos Trabalhadores (PT) a pedirem um reforço na segurança.

O subcomandante-geral da Brigada Militar, Mário Ikeda, reconheceu que os ânimos estão acirrados durante as manifestações e atribuiu parte desse clima à divulgação de informações falsas.

Cerca de 150 policiais militares acompanham o comboio de Lula, que passa nesta quarta-feira (21) por São Vicente do Sul, na Região Central, e São Borja, na Fronteira Oeste.

Segundo Ikeda, além da equipe de escolta, que faz o mesmo itinerário da caravana com viaturas e motocicletas, policiais do Batalhão de Operações Especiais (BOE) de Santa Maria e de Passo Fundo também participam da segurança nos locais onde ocorrem os atos.

O clima de conflito em Bagé levou a BM a decidir reforçar o policiamento no início da caravana. No momento, conforme o subcomandante, não há previsão de novo reforço.

— A gente já imaginava que teria a presença de grupos antagônicos. Mas o que a gente viu até agora é que os ânimos estão bastante acirrados. Tivemos que aumentar o efetivo por conta disso.

Em Bagé a gente já esperava porque era o primeiro local e pelas informações que circulavam no Facebook, nas mídias. Tivemos que reforçar lá e, a partir de lá, todos os demais locais.

Para Ikeda a divulgação de boatos também tem contribuído para acirrar os ânimos. Aliado a isso, o subcomandante afirma que o fato da maior parte dos atos serem realizados em locais abertos dificulta o controle dos manifestantes.

— Em Bagé circulava a notícia falsa de que a caravana não tinha conseguido entrar na cidade, que a BM tinha retirado o ex-presidente de helicóptero. Isso tem acirrado os ânimos das pessoas.

Como são locais abertos, é mais difícil fazer o isolamento e impedir a presença desses grupos antagônicos.

Como forma de tentar evitar confrontos, um helicóptero vem sendo utilizado para controlar os trajetos das manifestações.

Segundo o coronel, a polícia também tem monitorado publicações nas redes sociais para ter um termômetro da situação. Ikeda considera, no entanto, que episódios como o de Bagé, onde dois manifestantes foram presos após confronto entre os grupos, e a apreensão de fogos de artifício (morteiros) na chegada a Santa Maria, em um carro particular, foram fatos isolados.

Neste último caso, o material pertencia a dois manifestantes anti-Lula. Após registro na Polícia Civil, eles foram liberados.

— Circula bastante informação, instigando aos outros a participarem das manifestações, além das notícias falsas.