Domésticas da Cidade de Marina preferem Lula

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Ex-senadora não é unanimidade entre aquelas que ganham a vida hoje no Bosque, bairro de Rio Branco onde a pré-candidata exerceu o ofício na década de 70

A história da seringueira que virou senadora e hoje almeja a Presidência da República pode ser inspiradora, mas não é garantia de voto. No Bosque — bairro de classe média de Rio Branco (AC), onde Marina Silva trabalhou como empregada doméstica na década de 70 —, as mulheres que hoje atuam no mesmo ofício e compartilham trajetórias de vida semelhantes à da pré-candidata ao Planalto pela Rede se dividem na hora de definir o favorito nas urnas.

Nascida num seringal no interior de Rondônia, a empregada doméstica Tânia Tatiana da Costa vê com admiração a história de Marina e a escolheu nas duas últimas eleições presidenciais. No entanto, diz não saber se fará o mesmo em outubro deste ano: “Queria um político que olhasse mais para nós, empregadas domésticas”.

Na zona eleitoral onde Tânia trabalha, Marina ficou em primeiro lugar nas eleições de 2014, com 56% dos votos válidos, dois pontos percentuais a menos do registrado em toda Rio Branco. No Brasil, a candidata ficou com terceiro lugar no primeira turno, com 21% dos votos, atrás de Dilma Rousseff (PT) e de Aécio Neves (PSDB).