STF põe Aécio no mesmo rumo de impunidade de Azeredo
Em 2014, o então deputado federal Eduardo Azeredo renunciou ao mandato para seu caso é ficar os 4 anos seguintes se arrastando na Justiça mineira. Agora, Aécio nem precisou renunciar. STF fez seu caso voltar à estaca zero.
Dizendo-se “mero alvo político”, Azeredo (PSDB) renunciou em 2014 ao mandato. Ex-governador de Minas Gerais e ex-presidente nacional do PSDB, o tucano foi condenado pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro em uma das ações do mensalão mineiro. Segundo o Ministério Público, ele integrou um esquema de desvio de verbas públicas em 1998, quando era governador, para bancar sua candidatura à reeleição.
Em fevereiro do mesmo ano, o ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu pena de 22 anos de prisão para o ex-deputado Azeredo.
Passados vinte anos do caso, Azeredo foi julgado e condenado. Mesmo assim, continua desfrutando das benesses da seletividade jurídica.
Tudo indica que o mesmo ocorrerá com Aécio, pois o ministro Alexandre de Moraes, do STF, baixou à primeira instância seis inquéritos e uma ação penal contra parlamentares, entre eles o senador Aécio Neves (PSDB-MG). Ele assinou as decisões nesta terça-feira (8).
O caso do tucano foi remetido à Justiça Estadual, em Belo Horizonte. Moraes comandava inquérito que, baseado nas delações da Odebrecht, apurava se o senador mineiro participou da montagem de um suposto cartel que fraudou licitações para construir a Cidade Administrativa do governo mineiro, uma das obras mais vistosas da gestão do tucano no estado.