Com medo de Haddad, aliados de Alckmin no MP-SP iniciam ação

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O ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro Fernando Haddad (PT), candidato a vice na chapa presidencial encabeçada por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), virou réu em processo de improbidade administrativa que corre na Justiça paulista. A decisão, tornada pública na segunda-feira (20), foi tomada pelo juiz Kenichi Koyama no dia 14.

Além de Haddad, também se tornaram réus Jilmar Tatto (PT), ex-secretário municipal de Transportes e candidato ao Senado em São Paulo; Ricardo Teixeira, ex-secretário municipal de Coordenação de Subprefeituras; Valter Antonio da Rocha, ex-chefe de gabinete da Secretaria de Coordenação de Subprefeituras; e a empresa Jofege Pavimentação e Construção, que fez a obra.

O MP-SP (Ministério Público de São Paulo) propôs a ação de improbidade ainda em 2016, último ano de Haddad como prefeito de São Paulo. Segundo os procuradores, houve uma série de irregularidades na construção de 12,4 km de ciclovia no trecho Ceagesp-Ibirapuera.

Entre as supostas irregularidades estão o uso de um tipo de contrato que dispensaria a necessidade de licitação, superfaturamento das obras, deficiências na execução do serviço, falhas de acabamento e até mesmo demolição de trecho com ciclovia “em perfeito estado”.

Em nota, a assessoria de imprensa de Haddad disse que “o próprio juiz Kenishi Koyama em seu despacho cita as medidas tomadas pelo prefeito no âmbito da Controladoria Geral do Município, por ele criada, como argumento para afastar qualquer culpa ou dolo. Diz o juiz: ‘A criação da CGM dá sinais de que o mandatário não tinha qualquer intento ilegal'”.

A frase exata usada pelo juiz foi: “A criação da Controladoria dá sinais de que, apesar do anseio pelas ciclovias e ciclofaixas, talvez o mandatário não tivesse qualquer intento ilegal.”

O UOL não conseguiu contato com os advogados dos outros réus.

Do UOL.