Banqueiros esperam que Bolsonaro lucre com atentado

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O Wall Street Journal ouviu, do sócio e estrategista-chefe da XP Investimentos, Celson Plácido, que “isso pode segurar o crescimento da esquerda” e até mesmo “reduzir a rejeição de Bolsonaro”.

Numa das versões finais do relato do New York Times, o jornal destacou:

“O esfaqueamento foi o ato mais recente de violência política no Brasil, neste ano. A vereadora do Rio Marielle Franco foi executada em março, após agressores abrirem fogo contra seu carro. Dias depois, ônibus de campanha do ex-presidente Lula foram alvo de tiros no Sul.”

Os vídeos do ataque correram mundo, do South China Morning Post, de Hong Kong, ao romano La Reppublica. Bolsonaro foi descrito nos enunciados mundo afora como “Trump brasileiro” ou “Trump tropical” —além de “candidato da extrema direita”, até por sites de direita.

Com o quadro “estável” do presidenciável, o noticiário se voltou para os efeitos do episódio. Da agência Reuters, em despacho que mobilizou nove jornalistas no país:

“As ações e a moeda brasileira ampliaram os ganhos depois do esfaqueamento, já que os ‘traders’ apostam que o incidente poderia aumentar o apoio a Jair Bolsonaro, que escolheu um banqueiro treinado na Universidade de Chicago como seu principal conselheiro econômico.”

O Wall Street Journal ouviu, do sócio e estrategista-chefe da XP Investimentos, Celson Plácido, que “isso pode segurar o crescimento da esquerda” e até mesmo “reduzir a rejeição de Bolsonaro”.

Antes mesmo do ataque, o Washington Post publicou análise de dois acadêmicos americanos, sobre “o que vem agora” no Brasil, com o veto judicial à candidatura de Lula. No destaque final, sumarizando a situação política “instável” no país, eles escrevem: “Espere o caos”.