Haddad garantirá alimentos orgânicos na merenda escolar

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Ex-ministro da Educação, o candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (24) que, se eleito, vai ampliar a compra de alimentos orgânicos para uso na merenda escolar. O petista disse que quer combater a “cultura do agrotóxico” no país.

Haddad deu a declaração em entrevista coletiva concedida em Curitiba após visitar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na superintendência da Polícia Federal (PF) no Paraná. Lula está preso em uma cela especial desde abril em razão de ter sido condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá (SP).

Questionado por repórteres sobre temas de seu programa de governo, ele afirmou que a questão da alimentação saudável é um assunto que o “interessa muito”. O presidenciável do PT lembrou que, no período em que comandou o Ministério da Educação, criou um programa que determinou que 30% dos alimentos usados na merenda escolar tinham que ser adquiridos da agricultura familiar.

Segundo ele, caso vença a disputa pelo Palácio do Planalto, pretende ampliar esse percentual de compra de alimentos de agricultores familiares.

“Nós queremos introduzir também a questão da alimentação orgânica, sem agrotóxicos. Então, nós vamos ampliar a aquisição de alimentos orgânicos para toda a merenda escolar no Brasil para combater essa cultura do agrotóxico”, disse Haddad aos jornalistas.

“Nós entendemos que a agroecologia é um caminho de alimentação saudável”, complementou.

Em meio à entrevista, Fernando Haddad também afirmou que o mundo observa com muito cuidado o que ele classificou de movimentos “exóticos” no Brasil, como “suposições” sobre urnas eletrônicas e resultados de eleições. Ele não mencionou quem estaria fazendo essas suposições, porém, concordou com uma repórter que perguntou se ele estava se referindo a declarações recentes do candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro.

Na semana passada, em transmissão ao vivo pelas redes sociais a partir do hospital onde está internado em São Paulo, Bolsonaro disse que a possilidade de perder a eleição “na fraude” para Haddad é “concreta”. Para o presidenciável do PSL, a possibilidade de fraude está na votação em urna eletrônica.

“O mundo está observando o Brasil com muito cuidado devido a esses movimentos exóticos, estranhos à tradição que nós consolidamos depois da redemocratização. A nossa campanha vai se associar a esses movimentos que colocam a democracia em primeiro lugar, em respeito à soberania popular”, declarou o petista.

“Nós entendemos que ela [a democracia] está sendo ameaçada diariamente com suposições. Uma hora é a urna eletrônica, outra é sobre o resultado eleitoral. Nós vamos nos associar a todos os que defendem a democracia”, acrescentou.