O povo responderá a Fux nas urnas

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Luiz Fux, Cármen Lúcia, Edson Fachin e Luis Roberto Barroso se tornaram uma espécie de braço do juiz Sergio Moro no STF. Atuam com claro viés político em tudo que concerne a Lula e chega ao Supremo.

Rosa Weber e Dias Toffoli (ora presidente do STF), apesar de não agirem com intenções políticas, acovardam-se diante das ameaças dos milicos e da mídia e acabam votando com o núcleo “morista” na Corte Superior.

A última dos “moristas” do STF, porém, foi protagonizada por aquele que talvez atue com maior desfaçatez naquela Corte, quando se trata de impedir que Lula exerça os direitos políticos plenos que ainda detém segundo a Constituição: Luiz Fux.

Sua conduta, ao desafiar de forma insolente um outro membro do STF (Ricardo Lewandoski, que suspendeu a censura política do Judiciário contra Lula), foi bem definida pelo advogado da Folha de São Paulo:

A decisão do ministro Fux [de proibir a entrevista de Lula à Folha, autorizada no mesmo dia (sexta-feira) por Lewandowski] é o mais grave ato de censura desde o regime militar. É uma bofetada na democracia brasileira. Revela uma visão mesquinha da liberdade de expressão“.

Provisoriamente, portanto, Lula está censurado de novo. O político mais popular do país não pode exercer seus direitos constitucionais apesar de que, segundo a Constituição, mantenha todos os seus direitos mesmo estando preso.

Vale refletir, porém, sobre quanto os golpistas do Judiciário e em geral, ora representados pelo ministro Luiz Fux, conseguiram ao manter a censura a Lula através da recente liminar desse magistrado em favor do Partido Novo, que pediu essa censura não com fins republicanos, mas para tentar, sub-repticiamente, conter a disparada do candidato de Lula nas pesquisas.

Ah, então Lula não pode mais dar entrevista à Folha de São Paulo. Que pena se isso se perpetuar até o fim da eleição de 2018.

Seria bom para a democracia que um líder político da estatura de Lula pudesse falar às dezenas de milhões de brasileiros que anseiam pela volta dos bons tempos em que o PT governava o Brasil…

Mas, no âmbito da campanha eleitoral, censurar Lula não produzirá efeito eleitoral algum além de conspurcar ainda mais a já exangue democracia brasileira. Por quê? Ora, quem é, diabos que lê a Folha? Que grupo social leria a entrevista de Lula àquele jornal?

Ora, o petismo e o antipetismo militantes seriam os únicos que leriam uma entrevista a jornal simplesmente porque os setores da sociedade que Fux quis impedir que soubessem que Haddad é o candidato de Lula NÃO leem jornal algum e tampouco se informam, do que é prova o fato de que ainda não sabem quem é o candidato do ex-presidente.

Se a retirada da liberdade de Lula e a censura a ele que vigem desde bem antes da campanha eleitoral não impediram que, uma vez nomeado o candidato de Lula, Fernando Haddad disparasse nas pesquisas como está disparando, saindo do quinto Lugar para dividir o primeiro lugar com Bolsonaro, não será proibindo uma entrevista a um jornal lido apenas pela elite que influirá no resultado das urnas.

O resultado da ação de Fux será muito diferente do pretendido. Com um ato que fez até a antipetista Folha de São Paulo dizer que tal ato é “O mais grave ato de censura desde o regime militar” e “Uma bofetada na democracia brasileira”, o que pensarão os brasileiros tendentes a votar em Lula ou no seu candidato?

Fux, ao impor censura política ilegalmente, desafiou a grande, a enorme massa de brasileiros que quer a volta dos tempos em que o PT governava o Brasil – tempos que não se traduzem por 2015 e os primeiros meses de 2016, quando a sabotem dos golpistas paralisou a economia.

Que Fux e todos os outros golpistas que querem calar Lula com fins exclusivamente eleitorais saibam que, ao desafiarem a vontade dos brasileiros tirando Lula da eleição e calando sua voz, esbofetearam o povo.

Fux e sua quadrilha antidemocrática e ditatorial não perdem por esperar. A resposta do povo brasileiro será nas urnas.

Que todos anotem esse prognóstico, que todos se lembrem do que o Blog da Cidadania está dizendo: em primeiro de janeiro, a resposta do povo se materializará na vitória de Fernando Haddad.