Bolsonaro já prepara estelionato eleitoral na Previdência

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Pesquisa recente feita pelo instituto Paraná Pesquisas  revela que 66% dos brasileiros são contra mudanças nas regras de aposentadoria, mas Bolsonaro já prepara reforma rejeitada pela sociedade.

Nesta segunda (29), em sua primeira entrevista à imprensa após a eleição, para a TV Record, o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) afirmou que vai conversar com o presidente Michel Temer para tentar aprovar “ao menos parte” da reforma da Previdência ainda em 2018, antes de assumir o cargo.

“Semana que vem estaremos em Brasília e tentaremos junto ao atual governo de Michel Temer aprovar alguma coisa. Senão toda a reforma da Previdência, ao menos parte, para evitar problemas para um futuro governo”, afirmou.

Em entrevista ao SBT, Bolsonaro disse que sua proposta para modificar o sistema de aposentadoria brasileiro é um pouco diferente do apresentado pelo governo de Michel Temer.

“Nós vamos procurar o governo e vamos procurar salvar alguma coisa desta reforma. A forma como ela está sendo proposta, não adianta eu ser favorável ou o general [Hamilton Mourão] ser favorável. Nós temos que ver o que pode ser aprovado, o que passa pela Câmara e pelo Senado”, afirmou. Nesta noite, o presidente eleito deu entrevista às três emissoras de TV (Record, SBT e Globo).

Em entrevista à Record, Bolsonaro afirmou ainda que vai pedir ao atual Congresso que evite “pautas bobas que aumentem ainda mais esse déficit, sob o risco de o Brasil entrar em colapso”.

“As conversas já começaram. Muitos partidos vieram conversar comigo.”

Ainda sobre suas decisões futuras para a área econômica, o presidente eleito afirmou que iniciará o processo de privatização pelas estatais que são deficitárias e disse que as empresas públicas que não cumprirem metas estarão sujeitas a serem vendidas à iniciativa privada.

Bolsonaro também concordou com a avaliação feita na noite de domingo pelo economista Paulo Guedes, futuro ministro da Fazenda do governo do capitão da reserva do Exército, de que o Mercosul não deve ser prioridade do futuro governo. Para o presidente eleito, o bloco comercial “tem sua importância, mas está supervalorizado”.

Ao tratar sobre comércio exterior, Bolsonaro defendeu a ampliação das relações com os Estados Unidos. Ele disse, inclusive, que a conversa que teve por telefone com o presidente dos EUA, Donald Trump, na véspera foi mais longa do que a que teve com outros líderes mundiais.

Da FSP