Eleição pode gerar “fuga de cérebros” no Brasil

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O New York Times reduziu sua cobertura eleitoral, mas no fim de semana destacou longa resenha de Holland Cotter, prêmio Pulitzer de crítica, que viajou a São Paulo para a exposição Histórias Afro-Atlânticas no Masp e no Instituto Tomie Ohtake.

“Vale a pena ir longe por grandeza”, escreve ele. “É um baú de tesouro hemisférico, uma reformulação das narrativas e, peça por peça, uma das mostras mais fascinantes que eu vi em anos, com uma detonação visual atrás da outra.”
E vem na hora adequada, com Bolsonaro favorito e “vocalizando hostilidade à comunidade afro-brasileira, chamando imigrantes de Haiti e outros de ‘escória da humanidade’”.

O Times Higher Education publica que “Não há vencedores nas universidades”, citando temores por liberdade de expressão e recursos. O maior é pelos graduandos e pós-graduandos, mas acadêmicos em geral estariam “buscando projetos de pesquisa na Europa”, com “planos de deixar o Brasil se Bolsonaro implementar seu programa”.

Da Bloomberg à New York Review of Books, Ivo Herzog, “cujo pai jornalista, Vladimir, permanece um dos maiores símbolos da luta contra a ditadura”, foi ouvido para reportagens que questionam Bolsonaro, “ditador em potencial”, no título da NYRB.

Uma de suas declarações: “Estou com muito medo. A situação me põe sob estresse, não consigo dormir sem me medicar. Mas decidi que agora não é hora de abandonar a luta”.