Haddad leva vantagem entre eleitores “órfaos” no 2° turno

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Além de confirmar o crescimento de Jair Bolsonaro (PSL) na reta final da corrida presidencial, movimento apontado anteriormente por outros institutos, a pesquisa XP/Ipespe mostrou dificuldades para Fernando Haddad (PT) em superar o apoio de eleitores petistas e atingir outras faixas do lulismo. O ex-prefeito paulistano também viu sua rejeição crescer e superar a do militar reformado.

Em uma semana, o percentual de eleitores que disseram não votar em Haddad “de jeito nenhum” saltou de 60% para 65%. No mesmo período, a rejeição a Bolsonaro oscilou negativamente de 60% para 59%, movimento dentro da margem de erro, de 2,2 pontos percentuais. A combinação deste movimento com o aumento da chance de o deputado vencer no primeiro turno (ainda não majoritária) tem provocado movimento positivo no mercado nos últimos dias.

Apesar da melhora nas condições de competitividade de Bolsonaro, a pesquisa XP/Ipespe desta semana mostrou a manutenção de um quadro de equilíbrio em eventual disputa de segundo turno, quadro tido como mais provável pela atual fotografia. Hoje, Bolsonaro e Haddad aparecem tecnicamente empatados, com um quadro mais favorável para o deputado do que há uma semana.

Mesmo assim, chama atenção o fato de Haddad, mesmo com maior índice de rejeição e partindo de um patamar mais baixo no primeiro turno consiga aparecer tecnicamente empatado com Bolsonaro na simulação de segundo turno. Por que isso acontece?

Trata-se de um cruzamento de dados da pesquisa. O que se observa é que, neste momento, a rejeição a Bolsonaro, embora percentualmente menor do que a de Haddad, ainda é mais intensa.

Segundo a pesquisa, 27% dos eleitores repudiam os dois candidatos. Neste grupo, Haddad tem 42% de apoio em eventual disputa de segundo turno contra o deputado. Outros 42% vão para o grupo de votos em branco, nulos e indecisos, ao passo que 16% indicam apoio a Bolsonaro.

Vale ressaltar que, por se tratar de um grupo não simpático a nenhuma das duas candidaturas, mudanças de comportamento ao longo do tempo podem ocorrer mais facilmente, seja para votar no adversário, seja para não votar em ninguém. Mas, por enquanto, a vantagem é de Haddad e está maior do que na semana anterior. Uma das hipóteses para isso é o fato de a rejeição de Bolsonaro ter oscilado para baixo no último levantamento.

Da InfoMoney.