O golpe envenenou e entristeceu um país que tinha futuro

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O atual contexto político do país tem deixado os brasileiros com um sentimento de insegurança, tristeza e raiva em relação ao futuro. Apesar disso, no próximo domingo (7), são esses mesmo eleitores que irão às urnas para escolher seus representantes pelos próximos quatro anos. Segundo revelou a última pesquisa do Datafolha, divulgada na terça-feira (02), o pessimismo em torno dos próximos anos no Brasil superou a sensação de esperança para, em média, 7 em cada 10 eleitores. De seis situações apresentadas aos entrevistados 88% afirmara que se sentem inseguros no país, 79% estão tristes, 78% estão desanimados, 68% estão com raiva, 62% estão com medo do futuro e 59% estão com mais medo do que esperança. Nesse levantamento, os entrevistados também responderam suas intenções de voto para presidente. O resultado mostrou crescimento do candidato do PSL, Jair Bolsonaro, com 32% dos votos. Já o segundo colocado, Fernando Haddad (PT), apareceu com 21%. Nas últimas semanas, a polarização entre os eleitores do pesselista e do petista têm contribuído para o desânimo. No período que antecede o pleito eleitoral, vale lembrar, que diversas situações mexeram com o emocional de todos os lados.  Nos últimos meses, o brasileiro presenciou decisões judiciais de última hora, atentado contra o líder nas intenções de voto e agressão a eleitores. Nesta quarta-feira (3), mais dois episódios de extremos foram revelados: um ainda não explicado de ataque a tiros contra Major Costa e Silva (DC), candidato ao governo de São Paulo, e o outro de dois candidatos a deputado pelo PSL que rasgaram uma placa em homenagem à vereadora carioca Marielle Franco, assassinada há seis meses.

O levantamento do Datafolha registra, ainda, que as mulheres e os jovens estão mais abalados com as circunstâncias desta eleição. Em relação ao sentimento de medo do futuro, 69% do eleitorado feminino se identificou com a afirmação, contra 54% do masculino. Desânimo atinge 81% das mulheres, enquanto o percentual de homens é de 74%.

Da Exame.