Procuradora que defendeu militares no STF será processada

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O Conselho Nacional do Ministério Público aprovou nesta terça-feira (23/10)  abertura de processo administrativo disciplinar contra a procuradora de Justiça do MP de Minas Gerais, Camila Gomes Teixeira, que criticou ministros do Supremo Tribunal Federal pelo twitter e ainda sugeriu que atos de coação e violência, inclusive por meio de força militar, contra o tribunal.

Em uma das postagens, a procuradora defendeu intervenção militar, que generais posicionassem seus homens no entorno do STF e falou até na explosão do Congresso.

O conselho vai apurar se a procuradora, nessas manifestações em redes sociais, deixou de manter conduta pública ilibada, desrespeitou prestígio da Justiça e dignidade de suas funções, além de não tratar magistrados com a urbanidade devida.

A procuradora ainda publicou ofensas ao ministro Marco Aurélio Mello dizendo que o magistrado trabalha diariamente para soltar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva preso após condenação em segunda instância. Marco Aurélio é relator no STF das ações declaratórias de constitucionalidade que discutem a execução provisória da pena.

Nas discussões, conselheiros destacaram o número de seguidores da procuradora, com mais de 1.500.

“Parece que ela dormiu na década de 60 e acordou em 2018 como se fosse da noite pro dia. Uma manifestação anacrônica, que despreza seu tempo. Isso representa um amadorismo no processo civilizatório”, disse o conselheiro Valter Shuenquener de Araújo.

O conselho ainda decidiu enviar para a Procuradoria-Geral do Estado avaliar medidas no caso.

Da Jota