Ameaça de cortes por Bolsonaro preocupa servidores públicos

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Tende piedade de nós Diante dos diversos sinais de que a gestão de Jair Bolsonaro (PSL) vai investir pesado no corte de pessoal, entidades que representam funcionários públicos começam a se mobilizar para demover o governo de aniquilar seus postos. A Associação de Analistas de Comércio Exterior, por exemplo, elaborou um documento para defender a atuação da carreira. O texto, que será levado à equipe de transição, ressalta que os servidores são do Estado e não de uma ou outra administração.

Em que posso ser útil A mobilização dos analistas se dá em meio à possibilidade de fusão dos ministérios da Fazenda e da Indústria e Comércio Exterior. O documento elaborado pela associação traz um raio-x dos números da carreira e diz que suas atribuições são “essenciais para o crescimento econômico”.

Em que posso ser útil 2 “Os profissionais vêm revitalizando e modernizando políticas de forma permanente e eficaz, atendendo à diversificação dos interesses estratégicos brasileiros em um novo cenário nacional e internacional”, diz o texto da entidade.

Cada dia com sua agonia A Associação dos Funcionários do BNDES pretende se reunir com Joaquim Levy assim que ele assumir o comando do banco. Quer esperar o novo chefe chegar para entender o que o governo Bolsonaro pretende fazer com a instituição.

Não é você, sou eu O nome que liderava as apostas para o Ministério do Meio Ambiente, Evaristo de Miranda, técnico da Embrapa, teria recusado o cargo alegando motivações pessoais.

Quem dá mais Com a negativa, Miranda deve ficar com a presidência da Embrapa. Para o comando do MMA, o agrônomo Xico Graziano, que deixou o PSDB para apoiar Bolsonaro, e Ricardo Soavinski, ex-presidente do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), estão no páreo.

Currículo O nome de Soavinski foi soprado a pessoas ligadas ao futuro ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil) por ambientalistas. Ruralistas consultados pelo grupo de Bolsonaro não o rechaçaram. O cotado foi secretário da área no Paraná e agora preside a Companhia de Saneamento do estado.

Amanhã talvez A executiva do PSL rejeitou convite do Partido Comunista da China para uma visita à capital do país. A justificativa oficial foi a de que o prazo estava muito enxuto, mas a verdade é que o presidente da sigla, Luciano Bivar, recuou por medo de irritar Bolsonaro.

Escalar a muralha Os chineses haviam pedido que o partido do presidente eleito montasse uma delegação com 10 membros para ir a Pequim ainda este ano. O PSL disse que poderia voltar a falar sobre o assunto em 2019.

Ver e crer A futura ministra da Agricultura, Tereza Cristina, sugeriu a Ernesto Araújo, que vai assumir Relações Exteriores, um roteiro de viagens pelo interior do país, em 2019, com todos os embaixadores brasileiros locados em postos considerados estratégicos para o agronegócio.

Vai ser duro Tereza tem dito que é preciso reconstruir a imagem dos produtos agropecuários nacionais no exterior. Ela vê guerra comercial acirrada para travar a expansão no mercado internacional.

Pense bem Bolsonaro ouviu de aliados próximos que a recondução de Rodrigo Maia (DEM-RJ) à presidência da Câmara pode ser importante para ajudá-lo a enfrentar votações difíceis na Casa no ano que vem, como a de uma reforma da Previdência.

Peso de ouro Um amigo do presidente eleito disse a ele que parte de seus aliados na próxima legislatura é inexperiente e muito vinculada às redes sociais, o que tornaria esta ala suscetível a pressões na internet. Nesse cenário, ressaltou, a experiência de Maia pode ser valiosa.

É comigo? Bolsonaro ouviu, mas voltou a repetir que não vai se meter na disputa.

Da FSP