Bolsonaro desautoriza declaração do filho sobre Previdência

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O presidente eleito Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira, 28, que seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, pode ter se equivocado ao falar que “talvez” o governo não consiga aprovar a reforma da Previdência. Declaração foi dada durante um encontro com investidores nos Estados Unidos.

“Pode ser que ele tenha se equivocado, o garoto, né? Com toda certeza, alguma reforma a gente vai propor para o Parlamento discutir e aprovar a partir do ano que vem que não é essa que está aí”, disse o presidente eleito a jornalistas, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde a equipe de transição está instalada. Tenho certeza que meu filho não disse isso, ele está fazendo um excelente trabalho nos Estados Unidos”, completou. Questionado por jornalistas sobre a aprovação da reforma, Bolsonaro disse que “no corrente ano, acho muito difícil”.

Ele voltou a chamar seu filho, deputado federal, de “garoto”, mesmo termo utilizando quando, durante a eleição, circulou um vídeo em que Eduardo disse que bastava “um cabo e um soldado” para fechar o Supremo Tribunal Federal.

Durante a coletiva de imprensa, em que indicou três novos ministros, o presidente afirmou ainda que vai trabalhar para aprofundar as relações com o mundo todo. “Coisa rara, elegeram um Presidente da República que não é inimigo dos Estados Unidos”.

O presidente eleito já admite que pode iniciar o governo com mais de 20 ministérios. Inicialmente, a expectativa da equipe do presidente eleito era ter no máximo 15 pastas. A medida fez parte da campanha eleitoral como promessa para reduzir o número de ministérios pela metade – atualmente são 29.

Nesta quarta-feira, 28, em coletiva de imprensa, Bolsonaro cometeu ato falho e antecipou o novo número ao ser questionado se haverá um ministério das mulheres. “Existe um pedido da bancada feminina, elas estão aqui. Vocês (mulheres) querem o vigésimo segundo ministério”, disse. Até ontem, Bolsonaro dizia que o número total de ministérios não passaria de 20.

Bolsonaro ainda estuda o desenho dos ministérios e deve manter conversas para formalizar as indicações até a próxima semana. Ainda falta definir o comando do Meio Ambiente, Minas e Energia e Direitos Humanos. Também é estudada a possibilidade de manter ou não o Trabalho com status de ministério.

Bolsonaro conversou com a imprensa após a formalização de duas novas indicações, de Gustavo Canuto para o Ministério de Desenvolvimento Regional e Osmar Terra para a Cidadania. Com isso, chega a 19 o número de indicados.

Após falar com a imprensa, Bolsonaro deixou o escritório da transição, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), e está a caminho da Base Aérea de Brasília. Ele viaja para o Rio de Janeiro por volta das 18h, segundo a agenda.

Do Estadão