Genro de delator de Lula nomeado presidente da Caixa por Bolsonaro

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Para o comando da Caixa, o governo indicou Pedro Guimarães. Ele tem experiência na área financeira, onde é bem conceituado. A atuação dele foi em empresas privadas, e o desafio agora será no setor público. A Caixa é um banco enorme. Guimarães recebeu a missão de reduzir sua estrutura, mas em diversas cidades menores a Caixa é a única instituição bancária presente. A gestão passou por um ajuste grande nos últimos anos. Conseguiu reverter um rombo sem pedir dinheiro ao governo. Ana Paula Vescovi, hoje secretária-executiva do Ministério da Fazenda, comandou o trabalho como presidente do conselho do banco. Guimarães vai encontrar a casa arrumada quando chegar à Caixa. O executivo é genro de Leo Pinheiro, da OAS, e não teve nenhum envolvimento com qualquer denúncia até aqui.

O Banco do Brasil será comandado por Rubem Novaes. Amigo de Paulo Guedes, tem passagem pela Universidade de Chicago, como alguns integrantes do novo governo. O executivo está há muito tempo afastado da atuação no mercado. Acusado de informação privilegiada no escândalo do Banco Marka, foi absolvido em primeira instância e o MP não recorreu. Na visão de Novaes, isso significa que o próprio MP não sentiu consistência na acusação que fez.

O Ipea, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, ficará com Carlos von Doellinger. Foi funcionário de carreira do Instituto. Cultiva uma boa imagem e tem uma longa contribuição no setor público. Carlos trabalhou no governo de João Figueiredo.

O economista Marcos Cintra é cogitado para a Secretaria de Privatização. É eterno defensor do imposto único. A ideia dele de reduzir completamente a complexidade do sistema tributário brasileiro para um único imposto nunca foi levada a sério por outros economistas. Outro nome ventilado para a Secretaria é o do dono da locadora de veículos Localiza, Salim Mattar.

Do O Globo