Golpe de 2016 está destruindo o FIES

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Os três maiores grupos de educação privada, Kroton, Estácio e Ser, perderam mais de 105 mil alunos do Fies (Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior) no terceiro trimestre de 2018, na comparação com 2017.

Eles têm, somados, 192 mil matriculados com mensalidades pagas pelo programa.

A queda era esperada e tem origem em 2015, quando a iniciativa parou de ter inscrições ilimitadas.

Os estudantes que entraram antes dessa mudança saíram da universidade agora, segundo Bruno Coimbra, assessor jurídico da Abmes (associação das mantenedoras).

“Foi anunciado um Fies com novas modalidades no ano passado, mas o número de vagas não aumentou.”

Introduziu-se a possibilidade de financiamento do programa por bancos em 2017. Pelas contas da entidade, de julho a setembro, 120 mil pessoas fizeram uma solicitação pela modalidade, mas 256 contratos foram firmados.

O aluno do Fies dá previsibilidade ao faturamento das companhias, por terem, historicamente, menor evasão, segundo a divulgação de resultados da Kroton.

A empresa teve problemas de desistência neste ano, mas considera ter havido melhora no terceiro trimestre.

A Ser conta com uma retomada da economia para que as matrículas subam, segundo o diretor de relações com investidores Rodrigues Alves.

“Temos dois programas de crédito privado, e há espaço para crescer: dos 35 milhões de brasileiros de 18 a 24 anos, há 8 milhões no ensino superior.”

Procuradas, Kroton e Estácio não se manifestaram.

Da FSP