Bolsonaro divide Secom em duas partes

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O presidente eleito, Jair Bolsonaro, desistiu de devolver o status de ministério à Secom (Secretaria de Comunicação Social) e dividiu a secretaria em duas.

Parte das atribuições ficará com uma assessoria especial e será subordinada à Presidência da República. Nessa estrutura ficará a assessoria de imprensa do presidente e a administração de suas redes sociais.

“Pela característica do presidente, por essa vinculação com redes sociais, terá atendimento específico dele e do gabinete dele”, afirmou o futuro chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni na tarde desta segunda-feira (3).

As informações constam em apresentação feita por Onyx nesta segunda, detalhando a estrutura ministerial do governo, que contará com 22 pastas.

Ele explicou que a área de comunicação governamental e institucional ficará subordinada à Secretaria-Geral, que será chefiada pelo advogado e ex-presidente do PSL Gustavo Bebianno.

Segundo Onyx, os contratos de comunicação do governo hoje estão aos cuidados do general Floriano Peixoto, ligado à Secretaria-Geral. Ele disse que, contudo, um profissional da área pode ser escolhido para administrar toda a Secom.

A Secom é hoje vinculada à Secretaria-Geral da Presidência da República. Cabe a ela formular políticas públicas de comunicação, difundir as ações de governo e coordenar a comunicação dos ministérios.

A Secretaria também é responsável pelo relacionamento com a imprensa e por coordenar a publicidade governamental e os patrocínios concedidos pela administração pública federal. O órgão ainda supervisiona as atividades da EBC (Empresa Brasil de Comunicação) e abriga em sua estrutura o porta-voz da Presidência.

Bolsonaro, que fez toda sua campanha presidencial sem assessoria de imprensa, estuda agora profissionalizar a comunicação de seu governo. Aliados explicam que ele estuda escolher um jornalista para o cargo de porta-voz.

Em novembro, ele chegou a considerar a possibilidade de devolver à Secom o status de ministério e de nomear para o cargo um de seus filhos, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ).

Após críticas de nepotismo e desentendimentos de Carlos com integrantes do núcleo de governo, a ideia foi abandonada.

O vereador então deixou de contribuir diretamente para a comunicação do pai e anunciou que abandonaria a atividade de atualização das redes sociais do presidente eleito.

Carlos é o mais próximo de Jair entre os cinco filhos. Ele foi o responsável por criar a estratégia de comunicação do pai por meio das redes sociais, o que garantiu parte de seu sucesso durante a campanha.
Onyx confirmou que o próximo governo terá 22 ministérios, sete a mais do que os 15 prometidos durante a campanha eleitoral.

Dos atuais 29 ministérios, sete deixaram de existir: Segurança Pública, Desenvolvimento Social, Trabalho, Cultura, MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), Planejamento, Esporte, Integração Nacional e Cidades.

Essas pastas foram fundidas com outras, caso de Justiça e Segurança Pública, e outras rebatizadas, como Transporte, que ganhou o nome de Infraestrutura. Foram criados ainda dois ministérios, como Cidadania (que unificou Desenvolvimento Social, Esporte, Cultura e parte do Trabalho) e Desenvolvimento Regional (Integração Nacional e Cidades).

Até o momento foram apresentados os nomes de 20 auxiliares do primeiro escalão e os dois restantes devem ser definidos esta semana. Bolsonaro ainda não nomeou os futuros chefes de Meio Ambiente e de Direitos Humanos.

Para o primeiro estão entre os cotados Xico Graziano e Ricardo Salles, já o Ministério de Direitos Humanos pode ser comandado por Damares Alves, advogada que atualmente é assessora do senador Magno Malta (PR-ES).

Da FSP