Bolsonaro manterá política econômica do impopular governo Temer

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A manutenção de novos nomes da atual equipe econômica, confirmada neste sábado pelo novo ministro da Economia, Paulo Guedes, é um sinal forte de continuidade da linha que vem sendo seguida pelo governo do presidente Michel Temer.

Guedes já havia anunciado a permanência de Mansueto Almeida na Secretaria do Tesouro Nacional e agora traz outra leva de técnicos que já vinham atuando da administração federal.

Ainda assim, a nomeação do economista Marcelo Guaranys para a secretaria-executiva do ministério pode ser considerada uma surpresa. Atualmente na Casa Civil, como subchefe de análise e acompanhamento de políticas governamentais, ele também já foi presidente da Agência Nacional de Aviação Civil.

Guaranys é um grande conhecedor da máquina pública federal e foi colocado em um posto que exigirá uma intensa interlocução com as outras áreas do governo. Ele é chamado nos bastidores do governo como o “Dyogo Oliveira” do momento, em uma referência ao perfil do atual presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDEES), que pela capacidade técnica acaba atravessando governos das mais variadas linhas.

A presidência do BNDES, que será ocupada por Joaquim Levy, era a primeira opção do economista Carlos da Costa, escolhido para a Secretaria-Geral de Produtividade e Competitividade.

Oriundo do setor privado, Costa foi diretor de Planejamento, Crédito e Tecnologia do BNDES, escolhido pelo ex-presidente da instituição, Paulo Rabello de Castro. No novo governo, Costa deverá ter um papel importante de interlocução com o setor privado. Na Secretaria-Geral da Fazenda, o engenheiro Walderi Rodrigues terá uma função importante na elaboração de medidas, função na qual terá como secretário-adjunto o atual ministro do Planejamento, Esteves Colnago.

Do Valor Econômico