Mais de 1.700 são presos em protesto contra governo neoliberal de Macron

Todos os posts, Últimas notícias

Mais de 1.700 pessoas foram detidas ao redor da França durante os protestos de sábado dos “coletes amarelos”, afirmou neste domingo (9) o Ministério do Interior.

Houve confrontos em diversas cidades, como Marselha, Bordeaux, Lyon e Toulouse, no quarto fim de semana de manifestações contra a alta do custo de vida na França e o governo do presidente Emmanuel Macron.

Dos 1.723 detidos, 1.220 foram mantidos sob custódia, afirmou o ministério.

Ainda de acordo com o ministério, 136 mil pessoas participaram das manifestações.

A polícia em Paris afirmou ter feito 1.082 prisões, contra 412 nos protestos do sábado passado.

Foram registrados atos de vandalismo e carros incendiados em pontos isolados da capital.

A Torre Eiffel e o Louvre reabriram neste domingo, e comerciantes avaliam os danos provocados durante as manifestações.

Segundo as autoridades locais, os danos foram “muito maiores” do que nos protestos de 1º de dezembro.

“Com menos barricadas, houve maior dispersão, e mais lugares foram afetados pela violência”, afirmou o vice-prefeito Emmanuel Gregoire à rádio France Inter.

Nos próximos dias, Macron deve fazer um discurso em que se espera o anúncio de medidas que contemplem as reivindicações dos manifestantes.

“O presidente da República vai fazer anúncios importantes”, afirmou o porta-voz do governo, Benjamin Griveaux, sem dar detalhes.

“Quando você vê esse nível de protesto, fica claro que precisamos de uma mudança de método”, acrescentou.

“No entanto, nem todos os problemas dos ‘coletes amarelos’ vão ser resolvidos com uma varinha mágica.”

Na semana passada, Macron já havia voltado atrás na questão do aumento do imposto sobre os combustíveis, mas o movimento demanda ainda impostos mais baixos e o aumento do salário mínimo e das aposentadorias.

O ministro da Economia, Bruno Le Maire, afirmou que a violência nas manifestações “é uma catástrofe para as lojas, é uma catástrofe para nossa economia”.

Ele afirmou ainda estar preocupado com a democracia e com as instituições, após semanas de protestos.

Da FSP