PT pode presidir Conselho de Ética do Senado

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As articulações na disputa pela presidência do Senado passam pela possibilidade de o PT ficar com a presidência do Conselho de Ética. O partido deve apoiar Renan Calheiros (MDB-AL) para o comando da Casa. O conselho é feudo do MDB. Nos últimos seis anos foi presidido por João Alberto Souza (MDB-MA), alinhado a José Sarney. O senador maranhense, porém, encerra o mandato em fevereiro e abre disputa pelo controle de um dos órgãos mais poderosos da Casa, responsável por instaurar processo de perda de mandato contra senadores.

O presidente do Conselho de Ética tem poder para instaurar ou arquivar numa canetada pedidos de investigação contra colegas. Alberto Souza livrou vários aliados da guilhotina do conselho.

Entre os petistas não há consenso. Uma ala avalia que o Conselho de Ética pode ser uma batata quente e prefere a primeira-secretaria, que supervisiona os recursos da Casa, e a Comissão de Direitos Humanos. Mas sabe que, com a bancada reduzida, pode ter de pegar o que sobrar.

A Coluna revelou ontem que defensores de Renan ameaçam mandar Flávio Bolsonaro para o Conselho de Ética quando ele assumir o mandato em fevereiro se ele mantiver críticas a candidatura do alagoano. Renan nega estimular o movimento.

Coube a um irmão do futuro senador rebater a ameaça. “Acho que vai ser um pouco estranho o Flávio estar no Conselho de Ética e o Renan, não”, devolveu Eduardo Bolsonaro. O Coaf apontou movimentação atípica de um ex-assessor de Flávio.

Do Estadão