Quase 2/3 dos ministros de Bolsonaro nunca administraram nada público na vida

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A exemplo do presidente eleito, 13 dos 22 ministros escolhidos por Jair Bolsonaro (PSL) também vão estrear no Executivo ao assumirem seus cargos no governo federal.

Apenas nove deles já trabalharam em funções da administração pública, chefiando secretarias municipais e estaduais ou de ministérios, agências estatais ou uma prefeitura.

Dois já comandaram pastas do governo federal, na gestão do presidente Michel Temer (MDB). Futuro ministro da Cidadania, Osmar Terra comandou o Desenvolvimento Social no governo do emedebista.

Já Wagner Rosário continuará à frente do Ministério da Transparência e CGU (Controladoria-Geral da União).

André Luiz de Almeida Mendonça, indicado para comandar a Advocacia-Geral da União, é funcionário de carreira da AGU, e apesar de não ter exercido cargos de primeiro escalão na administração pública, foi corregedor-geral e diretor de Patrimônio e Probidade da pasta.

O próprio Bolsonaro completa 30 anos como parlamentar no mesmo dia em que vai tomar posse como presidente da República, mas só em 2018 concorreu a um cargo no Poder Executivo. Na estreia, venceu.

Durante a campanha, ele prometeu nomear um ministério técnico, sob o argumento de que historicamente os cargos são ocupados através de indicações políticas.

Esta semana, quase todos os futuros ministros participaram de uma capacitação sobre governança pública, na Enap (Escola Nacional de Administração Pública), em Brasília.

Na ocasião, eles receberam um documento intitulado “Agenda de Governo e Governança Pública”, produzido pelo gabinete de transição, que traz orientações básicas sobre a burocracia da administração.

Com sete militares entre os escolhidos –três deles têm experiências em cargos de chefia no governo federal–, o ministério de Bolsonaro tem ainda um egresso do Judiciário, o ex-juiz federal Sergio Moro.

Futuro ministro-chefe da Casa Civil, o deputado federal licenciado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) também terá sua primeira experiência no Executivo a partir da próxima quarta-feira (2).

À pasta, uma das principais do governo federal e sediada no Palácio do Planalto, compete fazer a coordenação e a integração das ações governamentais, além da avaliação da gestão dos órgãos do governo.

Deputado estadual de 1995 a 2003 e federal desde então, Lorenzoni é formado em medicina veterinária.

Banco Central – Roberto Campos Neto
Casa Civil – Onyx Lorenzoni
Ciência e Tecnologia – Marcos Pontes
Defesa – General Fernando Azevedo e Silva
Economia – Paulo Guedes
Educação – Ricardo Velez Rodriguez
Gabinete de Segurança Institucional – General Augusto Heleno
Justiça e Segurança Pública – Sergio Moro
Minas e Energia – Bento Costa Lima
Mulher, Família e Direitos Humanos – Damares Alves
Relações Exteriores – Ernesto Araújo
Secretaria-Geral da Presidência – Gustavo Bebianno
Turismo – Marcelo Álvaro Antônio

Confira os oito futuros ministros que já passaram pelo Executivo:

Meio Ambiente – Ricardo Salles
Advogado, ele foi secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo entre julho de 2016 e agosto de 2017 no governo de Geraldo Alckmin (PSDB), de quem também foi secretário particular.

Cidadania – Osmar Terra
Foi prefeito de Santa Rosa (RS), entre 1993 e 1996, e ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, de maio de 2016 a abril de 2018.

Transparência e CGU – Wagner Rosário
É o ministro da pasta desde 31 de maio de 2017.

Saúde – Luiz Henrique Mandetta
Deputado federal do DEM-MS, foi secretário municipal de Saúde de Campo Grande de 2005 a 2010.

Agricultura – Tereza Cristina
Deputada federal do DEM-MS, foi secretária de Desenvolvimento Agrário da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo do Mato Grosso do Sul de 2007 a 2014, além de ter dirigido a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e a Empresa de Gestão de Recursos Minerais do Estado.

Secretaria de Governo – General Carlos Alberto dos Santos Cruz
Foi secretário nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça em 2017.

Infraestrutura – Tarcísio Gomes de Freitas
Engenheiro, foi diretor do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) na gestão da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), entre 2011 e 2015.

Desenvolvimento Regional – Gustavo Canuto
Servidor do Ministério do Planejamento –que será incorporado pela pasta Economia, comandada por Paulo Guedes–, ele é secretário-executivo do Ministério da Integração Nacional.

Do UOL