Ricardo Salles pretende abrir áreas de conservação para o ecoturismo

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O futuro ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, pretende abrir ainda mais as unidades de conservação para o ecoturismo.

“As ONGs tratam esses locais como se fossem verdadeiros feudos”, diz ele. “Vigora o isolacionismo.”

Salles diz que o Brasil explora “só 3% do potencial do ecoturismo. Temos que aumentar isso rapidamente”. Ele cita o Parque Nacional do Iguaçu, unidade de conservação explorada por um grupo privado. “É um ótimo exemplo.”

A nomeação de Salles surpreendeu seguidores de Xico Graziano, ex-assessor de Fernando Henrique Cardoso, no Twitter. Eles esperavam que o agrônomo, que aderiu à candidatura de Jair Bolsonaro, fosse o escolhido.

“A minha torcida era pelo Xico Graziano”, escreveu um deles. “O Xico Graziano tem muito mais conhecimento e preparo na causa”, disse outro. As mensagens foram reproduzidas pelo próprio Graziano.

Já a economista Elena Landau, que também integrou o governo de FHC, disse no grupo de WhatsApp “Política Viva”, de 208 integrantes —entre eles, deputados eleitos e assessores: “Só me alegra que toda a puxação de saco do Graziano tenha dado em nada”.

O padrinho de Salles junto a Bolsonaro foi o ruralista e deputado estadual eleito Frederico D’Ávila (PSL-SP), que sempre apoiou o PSDB e na última eleição abraçou a candidatura de Bolsonaro.

E Salles, que concorreu a deputado federal, foi apoiado por um time de pesos-pesados da economia: Jayme Garfinkel, presidente do conselho da Porto Seguro e um dos bilionários brasileiros, segundo a revista Forbes, doou a ele R$ 260 mil.

Salim Mattar, da Localiza, nomeado para a Secretaria de Privatizações de Bolsonaro, contribuiu com
R$ 200 mil. O gestor Luis Stuhlberger deu R$ 50 mil. E Elie Horn, da Cyrela, R$ 40 mil.

A deputada eleita Joice Hasselmann (PSL-SP) vai assumir a liderança do movimento Brasil 200, lançado pelo empresário Flávio Rocha. “Ele será o meu ‘counselor’ [conselheiro]”, diz ela.

Da FSP