Em clima de campanha, Raquel Dodge elogia Bolsonaro. Lá vem a engavetadora-geral da República?

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A procuradora-geral da República, Raquel Dodge,disse nesta sexta-feira que o presidente Jair Bolsonarocomeçou um mandato de mudanças que “renova a esperança” dos brasileiros numa vida melhor. Bolsonaro participou da posse de 16 novos procuradores federais. Foi a primeira vez que um presidente da República acompanhou essa cerimônia.

— Agradeço, por isso, sensibilizada e muito especialmente a vossa excelência, presidente Jair Bolsonaro, que recém-eleito inaugura um mandato de mudanças sob a égide da Constituição e renova a esperança dos brasileiros de que a vida cotidiana seja melhor para todos, calcada em valores constitucionais caros aos brasileiros — afirmou Dodge.

Bolsonaro ouviu o discurso ao lado dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli. O presidente não discursou. Ao Bolsonaro deixar a cerimônia, antes do fim do evento, parte do público repetiu a palavra “mito”, usada pelos eleitores do presidente durante a campanha eleitoral.

Dodge também afirmou a cada renovação de mandatos, por meio de eleições democráticas, reacende-se a esperança no fortalecimento nas leis. Para a procuradora, o Brasil tem “sede de Justiça”.

— A promessa de bem estar e de felicidade para todos tem sido adiada pela injustiça contra muitos. Injustiça que decorre da corrupção de verbas públicas e adia o financiamento de serviços de educação e saúde, o acesso à casa própria e à alimentação adequada — disse Dodge.

A procuradora-Geral da República falou mais de uma vez contra a corrupção. E disse que o Estado deve adotar medidas que impeçam a corrupção de verbas públicas, porque elas são necessárias para financiar serviços que atendam o bem comum.

— Não pode admitir que a ação do crime organizado dilapide o patrimônio, dissimule a apropriação privada da coisa pública e esgarce o tecido social pela perda de confiança nas instituições. A separação entre a coisa pública e a coisa privada é das mais importantes instituições da civilização moderna e é protegida pela criminalização da corrupção — acrecentou.