Marco Rubio, senador dos EUA, defende que BR deve ser tratado como quintal

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Escrevendo para o site da CNN, o senador republicano pela Flórida Marco Rubio, que preside a subcomissão para o Hemisfério Ocidental no Senado, destacou que os “EUA devem jogar alto no Brasil” (US should go big on Brazil).

Sob Jair Bolsonaro, argumenta, o país “pode ser um multiplicador de forças no combate às intenções malignas de regimes autoritários como China e Rússia, inimigos da democracia, que querem expandir a sua presença na América Latina”.

Por exemplo, “sua localização geográfica oferece potencial para lançamentos”, em referência à base de Alcântara, o que é “crítico para o futuro da exploração espacial”.

Em troca, Rubio, que segundo o New York Times é quem define hoje a política de Trump para a região, diz que é preciso “agir logo” para viabilizar a “entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico, a OCDE”.

E avisa: “A pedido do Brasil, nosso governo deve estar preparado para fornecer assistência técnica aos órgãos militares nos esforços de segurança nas fronteiras e para garantir que terroristas não usem o Aeroporto Internacional de São Paulo como porta de entrada para as Américas”.

A descrição da América Latina como “quintal” agora é corrente na TV americana. Na CNN, “China e Rússia estão com Maduro. No quintal dos EUA”. Na HBO, do apresentador Bill Maher: “Doutrina Monroe era isso. Este é o nosso quintal. E a Rússia vem nos dizer para sair da Venezuela? [aplausos]”.

Uma newsletter noticiou que “ministros militares” estão preocupados por Bolsonaro estar, entre outras coisas, “manietado pelo gnomo de Richmond, Olavo de Carvalho”.

Este, em resposta, dedicou uma dezena de posts de Facebook para ataques à “elite militar”.

Começando por editorial do Financial Times ainda na madrugada, a terça foi dia de defender o presidente da Vale, Fabio Schvartsman, ameaçado por “intervenção”.

O FT elogiou como “Mr. Schvartsman reduziu a dívida e ampliou os retornos dos acionistas” e destacou, desde a chamada, que a “Tragédia é um teste para Bolsonaro” e “sua agenda pró-negócios”. Alertou que “grafites em Brumadinho já defendem renacionalizar a Vale” e que é preciso, pelo contrário, apoiar a “visão do chefe da Vale”, que agora “promete segurança acima de todos os padrões”.

Fim do dia, GloboNews e BandNews anunciaram que Schvartsman fica, porque, segundo o Planalto, “está em jogo, além da vida dos brasileiros, um setor econômico que é muito relevante”.

Em lugar do CEO, foram presos dois engenheiros de uma consultoria alemã da Vale, ecoando por Frankfurter Allgemeine, Die Zeit, Die Welte demais veículos por lá.

Da FSP