Maria do Rosário é autora da lei que regulamentou Libras

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A deputada federal reeleita Maria do Rosário (PT-RS), que ouviu do presidente Jair Bolsonaro em 2003 que não merecia ser estuprada, é a autora do projeto de lei que regulamentou, em 2010, a profissão de tradutor e intérprete de Libras.

Durante a posse de Bolsonaro, nesta terça-feira (1), a primeira-dama Michelle fez um inédito discurso no parlatório do Palácio do Planalto em que se dirigiu ao público por meio da linguagem, que é a sigla de Língua Brasileira de Sinais.

Michelle aprendeu a linguagem para se comunicar melhor com um tio surdo, e é intérprete de Libras em uma igreja evangélica que frequentava, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.

“Eu gostaria de modo muito especial de dirigir-me à comunidade surda, pessoas com deficiência e a todos aqueles que se sentem esquecidos. Vocês serão valorizados e terão seus direitos respeitados. Tenho esse chamado no meu coração e desejo contribuir na promoção do ser humano”, disse a primeira-dama.

A Libras consiste em um conjunto de formas gestuais utilizada por deficientes auditivos para a comunicação entre eles e outras pessoas, sejam elas surdas ou ouvintes.

Ela tem origem na linguagem de sinais francesa e é um dos conjuntos de sinais existentes no mundo inteiro. Cada país tem a sua própria estrutura de linguagem, que pode variar também de região conforme a cultura local e das expressões e regionalismos da linguagem comum.

Para determinar o seu significado, os sinais possuem alguns parâmetros para a sua formação, como a localização das mãos em relação ao corpo, a expressão facial, a movimentação que se faz ou não na hora de produzir o sinal.

No Brasil, a Língua Brasileira de Sinais foi estabelecida como a língua oficial das pessoas surdas através da Lei nº 10.436/2002.

A função do intérprete de Libras foi regulamentada em 2010, através de projeto de lei de Maria do Rosário.

Da FSP