Novas sanções americanas na Venezuela são consideradas ilegais pela Rússia

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A Rússia classificou de “ilegais” as novas sanções americanas decretadas contra a empresa estatal de petróleo venezuelana PDVSA, acusou Washington de “ingerência” e anunciou a intenção de defender seus interesses na Venezuela.

“As autoridades legítimas da Venezuela consideram ilegais estas sanções e nos unimos totalmente a este ponto de vista”, declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

Na segunda-feira (28), o secretário de Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, e o conselheiro de segurança nacional, John Bolton, anunciaram o bloqueio de US$ 7 bilhões (R$ 26,3 bilhões) em ativos da petrolífera venezuelana, em mais uma tentativa de aumentar a pressão sobre o regime do ditador Nicolás Maduro.

A intenção é ajudar o adversário de Maduro, Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional venezuelana e auto declarado presidente do país.

Conforme as sanções, as companhias americanas poderão continuar a comprar petróleo da Venezuela, mas os pagamentos deverão ser colocados em uma conta que não possa ser acessada pelo regime de Maduro.

“Se as pessoas na Venezuela quiserem continuar a nos vender petróleo, contanto que o dinheiro vá para contas bloqueadas, nós vamos continuar a receber”, afirmou Mnuchin. “Caso contrário, não vamos comprar.”

Mnuchin determinou que as pessoas que operam no setor de petróleo da Venezuela estão sujeitas às sanções americanas.

“O caminho para aliviar sanções para a PDVSA é pela rápida transferência de controle ao presidente interino ou um subsequente governo democraticamente eleito que está comprometido a tomar ações concretas e significativas para combater a corrupção”, afirmou o secretário do Tesouro em declaração na Casa Branca.

Bolton estimou que as sanções vão custar US$ 11 bilhões (R$ 41,3 bi) em perdas com exportações à Venezuela no próximo ano, enquanto Mnuchin ressaltou que o impacto para as refinarias americanas que têm negócios na área será “mínimo”.

Da FSP