Presidente do Banco do Brasil desrespeita mulheres e questiona aquecimento global

Todos os posts, Últimas notícias

​​​Além de defender o Estado mínimo, como liberal econômico convicto, o novo chefe do Banco do Brasil, Rubem Novaes, vinha usando sua página oficial no Facebook para fazer críticas ferozes aos governos do PT e à esquerda em geral.

Entre as publicações abertas ao público, que vão de 2011 a 2014, o executivo compartilhou charges sobre o mensalão e textos críticos à compra da refinaria de Pasadena pela Petrobras e ao programa Mais Médicos, por exemplo.

Também fez postagens que podem ser entendidas como machistas, como a de uma imagem insinuando que mulheres usariam tablets como tábua de cortar alimentos, e ataques a mulheres que participaram do governo Dilma Rousseff (PT).

Em uma das publicações, uma montagem com as imagens de Dilma, da ex-presidente da Petrobras Graça Foster, entre outras mulheres, aparece com os dizeres: “O uso da burca no Brasil deveria ser obrigatório. Isso não é uma equipe de governo. É um trem fantasma!!!”.

Em outra, uma fotografia de Foster é compartilhada com a legenda “Presidente da Petrobras informa que situação da empresa é tão boa quanto a sua aparência”.

​Uma foto da ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner a chama de “Cretina Kirschner”. Ainda sobre vizinhos, Novaes criticava com certa frequência o governo do ditador venezuelano Nicolás Maduro.

Mas há outros temas.

Em abril de 2014, Novaes compartilhou o vídeo de uma entrevista com o escritor Olavo de Carvalho, guru intelectual de parte da direita brasileira e de Bolsonaro, intitulada “1964: 50 anos do contra-golpe”.

Novaes compartilhou também textos de terceiros defendendo o fim do voto obrigatório e questionando o aquecimento global.

O Banco do Brasil não comentou os posts de Novaes.

Da FSP