Líder do PSL defende que Ministro do Turismo continue no cargo

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O líder do PSL na Câmara, deputado Delegado Waldir (PSL-GO), defendeu nesta quarta-feira (20) a permanência de Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG) no cargo de ministro Turismo.

O deputado deu a declaração no Palácio do Planalto, ao chegar para uma reunião da bancada do partido com o presidente Jair Bolsonaro.

Marcelo Álvaro Antônio é suspeito de envolvimento em candidaturas de “laranjas” do PSL em Minas Gerais. O Ministério Público do estado apura o caso, e o ministro nega envolvimento em irregularidades.

“Ele [ministro] tem que permanecer. Que crime ele cometeu? Qual prova que tem contra o ministro? Não podemos rasgar a Constituição. A Constituição garante contraditório e ampla defesa”, afirmou o deputado Delegado Waldir ao ser questionado se Álvaro Antônio deve ficar no cargo.

“Qual o crime que praticou o ministro? Nenhum, zero. Mas se, lá na frente comprovar alguma coisa que ele praticou, vai ser punido rigorosamente”, acrescentou.

Ao Jornal Nacional, a ex-candidata a deputada estadual em Minas Gerais Cleuzenir Barbosa declarou que assessores do ministro pediram a ela que transferisse dinheiro público de campanha para empresas.

Clauzenir Barbosa disse, ainda, que recebeu verbas de campanha do ministro, que era presidente do PSL em Minas Gerais e disputava uma vaga de deputado federal. Em entrevista ao jornal “Folha de S.Paulo”, Cleuzenir afirmou que o ministro do Turismo sabia do esquema para PSL para lavar dinheiro.

Em nota, Marcelo Álvaro Antônio afirmou que jamais orientou qualquer assessor a praticar ato ilícito e que, ao tomar conhecimento da denúncia, determinou que fosse apurada. O ministro declarou ainda que Cleuzenir foi chamada a prestar esclarecimentos e nunca apresentou qualquer indício que atestasse a veracidade das acusações.

Álvaro Antônio afirmou que encara a investigação do Ministério Público como uma ótima oportunidade para esclarecer.

‘Passar a mão na cabeça de malandro’

Na entrevista coletiva concedida à imprensa no Palácio do Planalto nesta quarta-feira, o líder do PSL afirmou que o partido não tem “medo de investigação” e que “não vai passar a mão na cabeça de malandro”.

“Nós não temos nenhum medo de investigação, nós queremos o Ministério Público, nós queremos a Polícia Federal, tanto que nós trouxemos como ministro da Justiça um dos homens mais sérios do país, que é o dr. Sérgio Moro (Justiça). Aqui ninguém vai passar a mão na cabeça de malandro, como aconteceu nos últimos 30 anos no país. Aqui nós queremos investigação”, declarou.

Para Waldir, a situação de Álvaro Antônio é diferente da do ex-ministro Gustavo Bebianno, demitido da Secretaria-Geral por Bolsonaro.

Bebianno presidiu o PSL durante a campanha eleitoral e há a suspeita de que o partido usou candidaturas de “laranjas”. O ex-ministro nega envolvimento em irregularidades e diz que coube aos diretórios locais distribuir os recursos para os candidatos.

Senador defende apuração

Também no Palácio do Planalto, o líder do PSL no Senado, Major Olimpio (PSL-SP), comentou a situação de Álvaro Antônio e defendeu a apuração sobre as suspeitas.

“Você quer saber se eu me sinto constrangido com acusações contra o meu partido? Por isso que eu quero apuração o mais rápido possível porque eu não faço parte de laranjal, não estimulo laranjal”, acrescentou.

Do G1