Moro se acovarda, cede ao governo e tira caixa 2 de seu pacote

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Sérgio Moro, que foi alçado de juiz de primeira instância a ministro da Justiça depois de uma perseguição política a Lula, tinha entre seus principais alvos o “combate” corrupção e, até então, criminalizava o caixa 2 (claro, mirando sempre seus opositores). Agora, depois de virar ministro da (in)Jutiça, Moro mudou de ideia e retirou de sua proposta para segurança a criminalização do caixa dois. Vale lembrar que agora Moro é aliado do réu confesso por crime de caixa dois o ministro da Casa Civil, Onyz Lorenzoni.

Nesta terça-feira (19), ele enviou a Jair Bolsonaro apenas parte do projeto – já classificado como inócuo para a segurança pública e completamente fora da realidade brasileira. Em seu arremedo de projeto, Moro continua a dar licença para matar aos policiais, mas decide pegar leve com quem pratica o crime de caixa 2 apresentando assim mais uma faceta antipovo do governo Bolsonaro.

Em reportagem do Estadão, dois auxiliares da Casa Civil, chefiada pelo investigado Onyx Lorenzoni, afirmaram que o fatiamento da proposta vai facilitar a tramitação do projeto. Ou seja, os ministros estão mais preocupados em aprovar ideias absurdas como a questionável legítima defesa do que, de fato, combater crimes envolvendo políticos.

Em coletiva de imprensa, Moro afirmou. “Vieram algumas reclamações de que o caixa 2, embora seja crime grave, havia alguns políticos que se sentiam incomodados de isso ser tratado junto com corrupção ou crime organizado. E aí nós fomos sensíveis a essas informações.”

O paladino da (in)Justiça afirmou também que “caixa 2 não é corrupção”. Mas ao ser questionado sobre os escândalos de candidatos laranjas do PSL, partido de Jair Bolsonaro, envolvendo, inclusive, outros ministros, Moro foi, como um bom amigo, ponderado. “Existem apurações preliminares. Seria prematuro da minha parte fazer juízo de valor a respeito.”

É importante lembrar que o ex-juiz enfrenta um processo no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) pela parcialidade no julgamento de Lula.

Veja a repercussão do pacote de Moro entre nossos parlamentares:

Paulo Pimenta, líder da bancada do PT na Câmara postou em seu Twitter

Sérgio Moro, o homem de dupla moral.

Será de dupla pátria também? pic.twitter.com/SIoqxh4DSC

— Paulo Pimenta (@DeputadoFederal) February 19, 2019

A deputada federal Margarida Salomão (PT-MG) também fez sua análise

Moro dizer que o caixa 2 não é tão grave quanto corrupção está no mesmo patamar que Bolsonaro dizer que Bebianno deixa o governo prestigiado: conversa pra boi dormir.https://t.co/sjzJbVTN7d

— Margarida Salomão (@JFMargarida) February 19, 2019

Deputado federal pelo Espírito Santo, Helder Salomão também fez uma reflexão sobre o caso

2017: “Sérgio Moro diz que caixa2 é pior do que corrupção”.

2019: “caixa2 não tem mesma gravidade de corrupção, diz Sérgio Moro ao retirar o tema do pacote anti-crime”.

Nada como um pedido de perdão dos amigos, não é mesmo?

— Helder Salomão (@heldersalomao) February 19, 2019

O deputado federal Nilto Tatto (PT-SP) comentou a postura de Moro com os amigos e aliados políticos

:
‘Caixa 2 não é corrupção’, diz Moro sobre fatiamento de projeto anticrime@JornaldoBrasil #Caixa2 #SergioMoro pic.twitter.com/rip5Msr2JK

— Nilto Tatto (@NiltoTatto) February 19, 2019

Henrique Fontana, deputado federal pelo Rio Grande do Sul, questionou a mudança de convicções de Moro

Em 2017, Moro disse que caixa 2 era pior que corrupção. Em 2019, ele acha que caixa 2 “não tem a mesma gravidade da corrupção”. Por que mudou de ideia? O que mudou sua convicção? pic.twitter.com/5eaUAnAv2Y

— Henrique Lula Fontana (@HenriqueFontana) February 19, 2019

A Professora Rosa Neide, deputada federal pelo Mato Grosso, lembrou ainda de outros problemas do kit catástrofe de Sérgio Moro

O Projeto de Lei Anticrime não dá apenas carta branca para a polícia matar na favela alegando “medo ou surpresa”. Essa Lei abre uma brecha para a escalada do feminicídio, porque dá carta branca para homens matarem ainda mais mulheres alegando “violenta emoção”.

— Rosa Neide (@prof_rosaneide) February 19, 2019

 

Do PT.org