Bolsonaro se sente constrangido diante de questionamentos em entrevista na TV chilena

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Em entrevista concedida ao canal da Televisão Nacional do Chile (TVN) na noite desta sexta-feira, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) se incomodou com perguntas sobre sua posição com relação a minorias e reiterou que “o Brasil não tem nenhuma pretensão de militarmente entrar na Venezuela”. Ele afirmou ainda que na conversa com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, “não se mencionou claramente a palavra militar”.

— O que falamos fica entre nós — disse Bolsonaro, repetindo o que já dissera em sua visita a Washington.

O chefe de Estado brasileiro cobrou uma postura mais firme da alta representante das Nações Unidas sobre Direitos Humanos, a ex-presidente chilena Michelle Bachelet (2006-2010 e 2010-2014), em relação a Venezuela. A mesma cobrança é feita pela oposição venezuelana, que considera Bachelet funcional ao governo do presidente Nicolás Maduro.

Apresentado pelo canal chileno como “o polêmico presidente do Brasil”, Bolsonaro teve de responder a perguntas sobre sua posição em relação a minorias, mulheres e homossexuais, o que o deixou claramente incomodado.

— Vocês estão tentando me constranger (com essas perguntas) — disse o presidente, que negou todas as acusações.

Segundo Bolsonaro, “a imprensa me acusa de todas essas coisas, que não gosto das mulheres, dos negros, dos gays, se fosse verdade eu não teria conseguido uma votação expressiva”.

Perguntando especificamente sobre os movimentos feministas, o presidente brasileiro disse que não tem nada contra, mas “não posso permitir que certos ativistas tentem impor estes comportamentos em escolas de ensino fundamental. Este tipo de comportamento (de impor nas escolas) não será admitido mais no Brasil”.

De O Globo