“Não se pode esperar qualquer gesto digno ou honesto desse clã nazista”

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EXEMPLOS

Durante 35 anos, Alfredo Stroessner foi ditador do Paraguai. Centenas de milhares de mortos e desaparecidos transformaram esses anos no segundo genocídio a que foram submetidos nossos irmãos paraguaios. O primeiro foi quando nosso bravo exército, com ajuda da Argentina e Uruguai e o patrocínio inglês dizimou todos os homens do país vizinho.

Esse monstro em forma humana sequestrava crianças e mantinha um harém de escravas sexuais no bairro de Sajonia, em Assunção. Por lá, havia meninas de todas as idades a partir de 8 anos, a maioria entre 10 e 15 anos.
Seu reinado terminou em 1989, e as chagas de muitas mulheres que foram escravas sexuais ainda estão vivas. Órfãos da ditadura ainda tentam refazer suas vidas. A dor jamais passará. Muitas famílias ainda buscam os corpos dos seus mortos, na esperança de poder enterra-los dignamente.

Carlos Brilhante Ursa torturou e matou dezenas de pessoas. Enfiava baratas e ratos em vaginas. Dava choques elétricos violentos em seios e pênis. Empalava pessoas. Levava crianças pequenas para assistirem aos pais sendo torturados. Desapareceu com muitos corpos, e ainda hoje famílias procuram pelos seus mortos, na esperança de poder enterra-los dignamente.

Há duas coincidências entre esses dois monstros: o que faziam era política de Estado, e nenhum deles tinha o menor escrúpulo em aterrorizar crianças.

Os filhos de Jair Bolsonaro cresceram numa casa onde esses dois eram ídolos elogiados. Tiveram um pai que elogia a tortura, o estupro, a violência, o genocídio, a milícia, a estupidez. Cresceram estúpidos como o pai. Foram introduzidos na política, e formaram também pequenas legiões de estúpidos.

Não se pode esperar qualquer gesto digno ou honesto desse clã nazista. Crianças, para eles, são seres como aqueles que Ustra e Stroessner faziam sofrer até a morte da alma. Talvez jamais tenham ouvido a palavra amor. Não são humanos, são monstros pavorosos sem interior. E nos governam, mandam em nós.

Os governantes de um país são o reflexo do seu povo. Quando foi que nos transformamos neste povo tão podre? Onde é o fundo do poço da dignidade? Quando acordaremos do pesadelo? O que será de nós? Que exemplos de merda deixaremos para nossos filhos e netos? Somos mesmo uma nação de pedófilos, estupradores, mentirosos, torturadores, insensíveis, estúpidos, imorais? É isso que somos?

Manuel Vazquez Gil, de Facebook