Ambev e PepsiCo cobram Lollapalooza por denúncias de trabalho escravo

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Pegou mal entre marcas patrocinadoras do Lollapalooza a notícia de que trabalhadores receberam R$ 50 por 12 horas de jornada na montagem do festival, realizado no último fim de semana.

De acordo com a lei trabalhista e o piso no estado de São Paulo, o aceitável seria cerca de R$ 68. Em nota, Ambev e PepsiCo dizem ter solicitado esclarecimentos ao organizador, a T4F (Time For Fun). A GM diz que defende o cumprimento da lei e indica que a organização dê esclarecimentos.

Procurados, Vivo, Bradesco, Next e Adidas optaram por não comentar o caso oficialmente.

Nos bastidores, ficou uma sensação de aborrecimento, até porque outros casos envolvendo a T4F (Time for Fun) já haviam sido questionados por patrocinadores.

Em 2018, a Pastoral do Povo de Rua entrou com pedido no MPT para investigação de empresas de carregamento do festival. Neste ano, o Sated (sindicato de artistas e técnicos) recebeu denúncias de abusos trabalhistas no musical “O Fantasma da Ópera”, da mesma produtora.

A T4F diz que sempre prezou pelo respeito ao público, parceiros comerciais e pelas normas legais para contratação. “A matéria [da Folha], que trata de possível denúncia pelo Sated, sobre suposto recrutamento de pessoas em situação de vulnerabilidade na montagem de palcos, não tem fundamento nem respaldo probatório”, diz.

Da FSP