Araújo vai à Argentina dar palestra com suas ideias absurdas

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O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou nesta terça-feira (9), em Buenos Aires, que Brasil e Argentina têm a oportunidade de mudar uma relação que, no passado, foi como um “um pacto de casais que querem se suicidar juntos”.

A declaração foi feita em palestra no Cari (Conselho Argentino de Relações Internacionais), em referência à relação bilateral entre 2003 e 2015.

Naquela época, disse o ministro,  “se concebeu a parceria de Brasil e Argentina como algo que nos deveria isolar do resto do mundo, sobretudo de países democráticos”.

Segundo ele, isso levou a um “fracasso” para ambos e que agora seria uma oportunidade de mudar.

Araújo está na capital argentina para uma reunião com o chanceler Jorge Faurie, na quarta-feira (10). A ideia é que ambos combinem uma data para a visita do presidente Jair Bolsonaro ao país.

“Esperamos que esta visita seja ainda neste primeiro semestre”, afirmou Araújo.

Na palestra, o chanceler disse ainda que a ideia de se conceber latino-americano, para ele, nos dias de hoje, dá a mensagem de que “um país não pode ter uma identidade, que um país tem de ser um país genérico dentro de um certo estereótipo. Isso é bom para os que querem que as nações desapareçam.”

O chanceler lembrou suas primeiras visitas a Buenos Aires, com os pais, e do fato de, então, maravilhar-se “com a diferença entre os dois países, com o fato de que aqui havia cafés e falava-se uma língua diferente”.

E acrescentou: “A Argentina parecia uma realidade paralela, como creio que cada país é uma realidade paralela, os quarteirões de Buenos Aires são distintos dos de Brasília e dos de Jerusalém. Esse tipo de diferenças são algo que o globalismo atual tenta apagar”.

Acrescentou que é preciso “recuperar o tempo perdido, precisamos de um novo pacto, com nossos valores. Uma das tarefas é repensar nossa latino-americanidade, onde Brasil e Argentina têm um papel central. Mas com uma Argentina autêntica ao lado de um Brasil autêntico”.

Araújo afirmou que a eleição do ano passado no Brasil “foi um momento único, de um povo que quer voltar a ser um povo, que se reconheceu na figura de Jair Bolsonaro, que deu seu voto com o coração”.

“É claro que as pessoas querem emprego, mas também um sentido em suas vidas.”

Sobre a Venezuela, disse que, até pouco tempo, o Brasil se pronunciava apenas “ao ponto de expressar alguma preocupação”. Mas que, agora, com o Grupo de Lima, “dissemos ‘já basta'”.

Depois, em entrevista a jornalistas, indagado sobre a possibilidade de uma intervenção militar no país caribenho, disse que o Brasil “está convicto de que é possível ajudar a Venezuela a recuperar a democracia apenas com a pressão internacional e o apoio a Juan Guaidó”, em referência ao autodeclarado presidente interino, reconhecido por mais de 50 países.

Questionado sobre a crise econômica argentina, Araújo disse que a reforma da Previdência, no Brasil, irá fazer bem a seu vizinho também. E emendou um convite: “Seria bom que os argentinos ajudassem a pressionar o Congresso brasileiro a aprovar a reforma”.

Da FSP