Bolsonaro já admite demissão de Vélez, que é tão incompetente quanto ele próprio

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Em café da manhã com jornalistas nesta sexta-feira, o presidente Jair Bolsonaro indicou que pode demitir o ministro da Educação, Ricardo Vélez, no início da próxima semana. Se a saída do ministro for confirmada, ele será o segundo exonerado por Bolsonaro desde a posse. Em fevereiro, o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, foi o primeiro.

— Está bastante claro que não está dando certo o ministro Vélez. Na segunda-feira, vamos tirar a aliança da mão direita, ou vai para a esquerda ou vai para a gaveta – disse o presidente, acrescentando que a decisão já está tomada.

O ministério de Vélez enfrenta uma crise desde o início do governo, com uma série de demissões e de problemas administrativos.

Em meio à disputa de poder dentro do Ministério da Educação (MEC), pelo menos 16 pessoas do alto escalão já foram demitidas em menos de três meses de gestão. E essa crise emperra programas importantes da pasta, prejudicando o sistema educacional brasileiro.

Entre as demissões que mais geraram polêmica e acentuaram a crise, está a do dirigente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Marcus Vinicius Rodrigues. Ele chegou a dizer — após a exoneração, na noite do último dia 26 — que o ministro da Educação Ricardo Vélez Rodríguez, é “gerencialmente incompetente” e “não tem controle emocional” para comandar o ministério.

Nesta sexta-feira, Vélez está em Campos do Jordão (SP) para participar como palestrante do fórum empresarial Lide, ao lado dos ministros Paulo Guedes (Economia) e Ricardo Salles (Meio Ambiente). No evento, ele contrariou o presidente ao dizer que não pretende entregar o cargo.

De O Globo