Bolsonaro, que sempre atacou a imprensa, diz que ela é essencial para a democracia

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O presidente Jair Bolsonaro participou de uma homenagem ao Exército nesta quinta-feira (18) em São Paulo na qual pediu auxílio da imprensa para avanço do país. Ele disse que já teve percalços com a mídia, mas que precisa dos profissionais da área para que “a chama da democracia não se apague”.

“Precisamos de vocês, cada vez mais, com palavras, letras e imagens que estejam perfeitamente emanadas com a verdade. Nós, juntos, trabalhando com esse objetivo, faremos um Brasil maior, grande e reconhecido em todo o cenário mundial. É isso que nós queremos, que as pequenas diferenças fiquem para trás.”

O evento foi promovido no Comando Militar do Sudeste em homenagem ao Dia do Exército, comemorado na sexta (19).

No discurso, Bolsonaro fez um aceno ao prefeito Bruno Covas (PSDB) e defendeu a abertura do maior colégio militar do país na área do campo de Marte, na zona norte da cidade. Para isso, pediu ajuda também a empresários.

O plano, disse o presidente, é ter um colégio militar por capital. Ele justificou a iniciativa afirmando que escolas militares no Amazonas e em Goiás têm desempenho superior às convencionais e ensinam princípios de hierarquia e disciplina.

“A aprovação no Enem chega a 100%”, disse.

Levantamento da Folha, contudo, mostrou que os resultados de escolas militares são compatíveis com os de outros sistemas públicos de perfil semelhante, como algum tipo de seleção de estudantes, mas sem a rigidez militar.

Bolsonaro também fez uma menção ao sargento Mário Kozel Filho, morto em atentado em 1968 e que batiza o pátio do comando de São Paulo. Disse que o militar foi vítima daqueles que “não tinham qualquer compromisso com a liberdade e muito menos com a democracia”.

No fim do evento, a banda do Exército homenageou o presidente tocando o hino do Palmeiras, seu time de futebol.

A leitura da ordem do dia do Exército, mensagem redigida pelo comando da instituição, mencionou momentos históricos da corporação e falou que as atividades são desenvolvidas hoje mesmo com descompasso salarial e de recursos orçamentárias “abaixo das necessidades”.

Da FSP