Cai a máscara de Moro e Bolsonaro na Europa

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Se você acha que a política econômica errática e as políticas públicas daninhas ao social e ao interesse nacional do atual governo ainda não estão sendo suficientemente notadas pela população, saiba que, no exterior, o Brasil está completamente desmoralizado. Até Israel, a despeito da bajulação bolsonarista, já percebeu que parceria com o regime brasileiro… É fria!

Um sapo e um escorpião estavam parados à margem de um rio. O escorpião pergunta ao sapo:

— Você me carrega nas costas para eu poder atravessar o rio?

O sapo responde:

— De jeito nenhum. Você é a mais traiçoeira das criaturas. Se eu te ajudar, você me mata em vez de me agradecer.

O escorpião:

— Mas se eu te picar, você afunda no rio e eu morro também. Me dê uma carona. Prometo ser bom, meu amigo sapo.

O sapo concordou.

Durante a travessia do rio, porém, o sapo sentiu a picada mortal do escorpião.

— Por que você fez isso, escorpião? Agora nós dois morreremos afogados!

E o escorpião responde:

— Porque esta é a minha natureza, meu amigo sapo. E eu não posso mudá-la

A fábula do sapo e do escorpião é muito usada para caracterizar pessoas cujo comportamento não obedece a lógica e a sensatez e que chegam a se prejudicar ao darem vazão ao próprio instinto predador. Esse é o caso de Bolsonaro, o escorpião, e Sergio Moro, o sapo dessa fábula da vida real que é o atual governo.

Ao condenar Lula sem provas para colher uma carreira política vistosa ao lado de Bolsonaro, o ex-juiz Sergio Moro imaginava que estava pulando em um barco que iria longe. Está descobrindo, agora, que a embarcação fascista na qual pulou está fazendo água e pode afundar ali adiante.

É o que se depreende do episódio envolvendo a declaração desastrosa (mais uma) de Bolsonaro sobre a matança de judeus pelo nazismo, dizendo que “perdoar o Holocausto, sim; esquecer, jamais”.

Os israelenses vão descobrindo a natureza do escorpião de Bolsonaro, que, contra a lógica, ataca os que o estão ajudando. Ao propor “perdão” para o nazismo por ter exterminado legiões de judeus, Bolsonaro ofendeu e chocou aqueles que vinha bajulando e levou uma lambada.

O presidente israelense, Reuven Rivlin e o memorial do Holocausto, Yad Vashem, de Jerusalém, criticaram o líder brasileiro de direita. “Nunca vamos perdoar e nunca vamos esquecer”, disse Rivlin no Twitter.

Eis que o maior jornal do mundo, o The New York Times, estampa manchete garrafal com a seguinte proposição:

— Pode o holocausto ser perdoado? Bolsonaro diz que sim…

Enquanto isso, na Europa, vai acontecendo aquilo que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso vinha dizendo: no Velho Mundo, não há mais dúvida de que Sergio Moro e Bolsonaro organizaram uma conspiração para eleger o atual presidente encarcerando Lula, quem venceria facilmente a eleição de 2018 se tivesse podido concorrer.

Uma carta assinada por um grupo de 28 parlamentares, líderes sindicais, jornalistas e ativistas do Reino Unido condena a prisão de Lula e pede sua libertação. A missiva foi publicada durante a semana pelo jornal The Guardian, e diz que Lula é um preso político.

O jornal diz que Lula era o favorito para vencer a eleição presidencial de 2018 até que foi preso e impedido de concorrer. O jornal diz que, “Surpreendentemente, o juiz Moro, que supervisionou o julgamento de Lula, foi nomeado ministro da justiça de Bolsonaro”, mostrando o entendimento europeu de que houve um golpe no Brasil.

Bolsonaro compra encrencas com todo mundo: árabes, israelenses, liberais, nacionalistas, banqueiros, neoliberais… Trata-se de um governo perdido, desorientado, sem rumo, que improvisa. Além disso, as tramoias de Moro e do resto do Judiciário ao manterem Lula preso contra toda a lógica e toda jurisprudência dá ao país a imagem de república bananeira.

Esse governo não se sustentará, desse jeito. E seria até melhor que se sustentasse. Que fique quatro anos fazendo besteiras. Em 2022, o povo devolverá o poder à esquerda e o Brasil retomará o rumo do progresso com justiça social e democracia. A alternativa é manter essa direita hidrófoba no poder e ficar esperando uma guerra civil no país.

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