Corte de verbas na cultura põe em risco principais projetos paulistas

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A Associação Brasileira das Organizações Sociais de Cultura (ABRAOSC) divulgou na manhã de hoje comunicado em que afirma que o corte nas verbas de cultura feito pelo Governo do Estado de São Paulo “põe em risco atividades dos principais equipamentos e programas” mantidos pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa.

O texto também questiona o fato de que, apesar do contingenciamento geral de recursos previsto pelo tesouro estadual ser de 3,54%, a cultura terá redução de 22,95%.

“Por força do Decreto 64.078, assinado em 21 de janeiro deste ano pelo governador João Dória Jr., foram contingenciados R$ 148,5 milhões do orçamento destinado à Secretaria de Cultura e Economia Criativa para a manutenção de equipamentos e programas de formação, preservação e difusão cultural no Estado de São Paulo”, diz o texto.

“Com a medida, a ABRAOSC estima que haverá fechamento de museus, bibliotecas e centros culturais, na capital e no interior. Os equipamentos que conseguirem manter as portas abertas terão que trabalhar em regime reduzido, com grande impacto para a população.”

Entre os equipamentos que serão afetados estão instituições como a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP), a Biblioteca de São Paulo, a Pinacoteca de São Paulo, o Museu da Imagem e do Som – MIS, o Museu Afro Brasil, as Fábricas de Cultura, o Theatro São Pedro e a São Paulo Cia de Dança.

Segundo a ABRAOSC, os programas mantidos pelo governo, que já impactaram anualmente 13 milhões de pessoas, devem atingir um número 25% menor com o corte orçamentário, “com inevitáveis consequências negativas também para a já reconhecida e intensa indústria do turismo cultural no Estado”.

“A ABRAOSC espera sensibilizar o Governo do Estado para o problema. O contingenciamento coloca em risco o sistema cultural do maior Estado da Federação, afetando milhares de pessoas e alunos que se beneficiam da oferta de atividades oferecida pelo governo paulista”, diz a nota.

“Estima-se que mais de 60 mil alunos beneficiados pelas atividades educativas destas e de outras instituições deixarão de ser assistidos e mais de 1.100 funcionários serão demitidos, entre professores, arte-educadores, bailarinos, músicos, cantores, produtores e equipes técnicas, afetando duramente a geração de empregos e a cadeia produtiva da chamada indústria criativa, apontada como um dos pilares virtuosos da economia paulista pelo Governador, em artigo recentemente publicado”, diz ainda o texto da ABRAOSC.

Do Estadão