Gestão Doria encolhe férias de julho nas escolas estaduais

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A gestão do governador João Doria (PSDB) alterou o calendário escolar, encolhendo as férias de julho e criando duas novas semanas de recesso para as escolas da rede estadual de São Paulo. As mudanças começam a valer em 2020.

As férias de julho, que eram de um mês, passarão a ser de duas semanas. Por outro lado, haverá outras duas semanas sem aulas, uma em abril e outra em outubro. As férias de janeiro estão mantidas.

Segundo o secretário da Educação, Rossieli Soares, a decisão tem o objetivo de evitar perdas de aprendizagem que acontecem durante longos períodos sem aula.

Ele listou quatro estudos internacionais que tratam do tema e afirmou que, diferentemente das famílias de renda mais alta, as mais pobres nem sempre têm condições de usar extensos períodos de férias para enriquecer o repertório cultural das crianças, por exemplo com longas viagens.

Além da aprendizagem, outro benefício da medida apontado por Doria é impulsionar o turismo regional durante as férias fracionadas.

“Em férias curtas a tendência é viajar para lugares mais próximos”, disse o secretário do Turismo, Vinicius Lemmertz.

A rede estadual paulista tem 220 mil professores e 4,3 milhões de alunos.

De acordo com Soares, a adoção do novo calendário é opcional para a rede privada e para as escolas municipais.

Ele afirma, porém, que já está em negociação uma unificação do calendário com as prefeituras, uma vez que parte das famílias têm filhos nas duas redes.

Segundo ele, na rede municipal de São Paulo as férias de julho já são de duas semanas.

As datas exatas dos novos recessos intermediários, em abril e outubro, ainda serão definidas.

As férias dos professores continuam iguais (15 dias em janeiro e 15 em julho). Os demais dias de recesso devem ser usados para atividades como planejamento pedagógico.

Soares afirmou também que estão em estudo alterações pontuais no calendário de 2019, uma vez que a atual programação não garante os 200 dias letivos previstos em lei.

Segundo ele, não houve discussão prévia com os alunos e os pais sobre a reorganização do calendário. “Foi uma decisão da secretaria”, afirmou.

Da FSP