Reforma feita no Palácio dos Bandeirantes por Doria é alvo do Ministério Público

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O Ministério Público de São Paulo abriu investigação para apurar a reforma feita pelo governador João Doria (PSDB) no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual. O inquérito tem como objetivo verificar se a intervenção descaracterizou o prédio, parcialmente tombado.

“Apesar de o Palácio dos Bandeirantes ter apenas a fachada tombada, o inquérito pretende determinar se o governo poderia modificar os móveis, pisos, mesas e demais bens que possuem interesse histórico e artístico sem a consulta de órgãos preservacionistas”, informou em nota a promotoria.

A investigação ficará sob responsabilidade do promotor de Justiça Carlos Henrique Prestes Camargo, da 1ª Promotoria do Meio Ambiente. Ele já determinou que diligências junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para que o órgão informe se teve conhecimento das alterações feitas no Palácio dos Bandeirantes.

Do ponto de vista dos gastos com a reforma, a Promotoria do Patrimônio Público, também do Ministério Público, será acionada “para análise e adoção das medidas cabíveis com relação ao gasto de aproximadamente R$ 2 milhões em reformas e ações de redecoração desnecessárias, feitas pelo governo do Estado de São Paulo no Palácio dos Bandeirantes”, diz nota do promotor.

ÉPOCA revelou nesta terça-feira que a reforma feita por Doria no palácio aumentou em 50% a despesa com a manutenção do prédio. O governador usou o contrato existente para conservação predial para a remodelação do prédio. Em janeiro de fevereiro deste ano, o pagamento mensal à empresa 2N Engenharia, responsável pela manutenção, saltou para R$ 870 mil mensais, enquanto nos meses anteriores o maior valor pago havia sido de R$ 580 mil.

Da Época