Dólar chega a R$ 4 com guerra comercial entre EUA e China

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Os conflitos comerciais entre Estados Unidos e China continuam afetando os mercados globais nesta segunda-feira, 13. Na semana passada, o governo de Donald Trump aumentou de 10% para 25% nas tarifas sobre US$ 200 bilhões de importações chinesas e mais uma rodada de negociações terminou sem acordo.

Nesta manhã o governo chinês anunciou em comunicado que imporá tarifas sobre US$ 60 bilhões em produtos americanos a partir de 1.º de junho, aumentando a tensão nos mercados.

Às 9h54 o dólar era cotado a R$ 4,0012, com alta de 1,42%. O dólar futuro de junho também voltou a ser cotado R$ 4,00.

Os mercados locais monitoram também as discussões sobre a reforma da Previdência esta semana na Comissão Especial da Câmara. O presidente Jair Bolsonaro disse neste domingo, 12, que, com uma “boa reforma da Previdência”, o governo terá “folga de caixa para atender a população”.

Em entrevista à Rádio Bandeirantes, Bolsonaro afirmou que os parlamentares darão apoio à reforma e comparou a reforma a uma vacina. “Tem que dar a vacina no moleque, e a nova vacina no momento é a Nova Previdência.”

Nesta segunda, o investidor começa o dia com a notícia de que Bolsonaro quer corrigir pela inflação a tabela do Imposto de Renda em 2020. “Falei para o Guedes (ministro da Economia, Paulo Guedes) corrigir a tabela do IR de acordo com a inflação no ano que vem. Pedido não é uma ordem, mas pelo menos corrigir o IR pela inflação para o ano que vem, “com certeza vai sair”, disse o presidente.

Ainda na agenda da semana, o investidor aguarda para fazer a leitura da ata do Copom, que sai amanhã, em busca de mais detalhes sobre o cenário de atividade e de inflação do Banco Central. Embora haja consenso entre economistas na aposta de manutenção da Selic em 6,50% na próxima reunião de política monetária, há divisão sobre os passos seguintes do Copom.

No radar esta semana também está a manifestação nacional marcada para o próximo dia 15 contra cortes na educação, após o anúncio de redução de 30% no repasse para despesas de custeio e investimentos às universidades e institutos federais.

Do Estadão