Indústria do plástico envia carta a Covas em defesa de canudo e outros produtos

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José Ricardo Roriz Coelho, presidente do Sindiplast, que reúne a indústria de plásticos, escreveu nesta terça (7) uma carta ao prefeito de São Paulo, Bruno Covas, para defender seus produtos das recentes investidas ambientais.

Na onda contra os plásticos, Covas abraçou neste ano a iniciativa do vereador Reginaldo Tripoli para a proibição de fornecimento de canudos plásticos em estabelecimentos comerciais da cidade.

Em tempos de desemprego resistente, o missivista alerta o prefeito de que o setor é um dos maiores empregadores da indústria de transformação na cidade e no estado.

Na carta, Roriz tenta convencer o prefeito de que o banimento de um produto não é o melhor caminho para solucionar o problema do resíduo no meio ambiente.

“É importante que haja visão sistêmica, ampliando a discussão para a gestão de resíduos sólidos, saneamento básico, coleta seletiva e descarte adequado por parte dos consumidores, incluindo a responsabilidade da indústria em transitar de uma economia linear para uma circular, que tenha mais como princípio a reintrodução dos seus produtos voltando ao processo produtivo e eliminando o conceito de resíduo”, escreve Roriz.

O presidente do  Sindiplast pede para ter uma conversa com o prefeito para pensar outra solução em conjunto, evitando a “vilanização” do produto.

Roriz, que costuma fazer fortes defesas do canudinho, ressalta na carta o papel da assepsia relacionado ao plástico.

“Em relação aos descartáveis, a utilização desses produtos muitas vezes se relaciona com assepsia. Os canudos, por exemplo, por pessoas com deficiência muitas vezes é fundamental para facilitar ou até mesmo dar a possibilidade da ingestão de alimentos e bebidas”, escreve ele na mensagem ao prefeito.

Da FSP