Moro prometeu até STF a Gebran Neto, que condenou Lula

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Leia a coluna de Reinaldo Azevedo

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Ai, ai… Pelo visto o ministro da Justiça, Sérgio Moro, não vai conseguir cumprir uma promessa que fez a João Pedro Gebran Neto, desembargador do Tribunal Regional Federal da 4º Região. Aquele que se pretendia superministro de Jair Bolsonaro prometeu a seu parceiro do andar superior da Justiça Federal que seria este a ocupar a vaga que será aberta no Supremo em novembro do ano que vem, quando Celso de Mello faz 75 anos e deixa o tribunal.

Sim, Gebran Neto é o relator dos recursos contra decisões da primeira instância tomadas na 13ª Vara Federal de Curitiba, dedicada exclusivamente à Lava Jato, onde Moro atuou como monarca absolutista.

Ao julgar o recurso de Lula, que tramitou com rapidez inédita naquele tribunal, Gebran e seus outros dois colegas, Leandro Paulsen e Victor Laus, foram de uma severidade que assombrou o mundo jurídico. A pena do ex-presidente saltou de 9 anos e 6 meses para 12 anos e 1 mês.

Ao julgar recurso especial, o STJ reduziu a punição para 8 anos, 10 meses e 20 dias. A Moro se prometeu um pedaço do governo. E Moro prometeu a Gebran uma vaga no Supremo.

Claro, claro! Nada disso é crime. Mas faço uma pergunta: precisa ser para que pareça pouco decente? De toda sorte, Moro não vai poder cumprir a promessa porque Jair Bolsonaro, seu chefe, decidiu se antecipar. Vamos ver.

Do UOL